Fico feliz que Pátria Armada de Klebs Junior. tenha chego às bancas. É sempre bom ver o quadrinho nacional junto a tantos outros quadrinhos. Mas vou direto ao ponto e vou dividir a resenha em dois tópicos: roteiro e arte. A ideia da HQ é bem interessante e coloca o Brasil dividido em dois lados numa guerra civil que vem acontecendo há anos. No meio disso tudo há um grupo de heróis que tenta reverter algumas ações terroristas (não vou me aprofundar muito, pois não quero entregar algum spoiler). O enrendo é de fato interessante, mas a forma como foi desenvolvida, deixou a desejar. Em um Brasil dividido, um grupo miscigenado tem como maior característica o esteriótipo. É forçado o tempo mostrar quem é o sulista, o nortista, o nordestino, etc. Chega a ser um pouco amador essa forçada de barra, apesar da trama se desenrolar relativamente bem. Faltou só tato mesmo na hora de criar as personalidades e mais sutileza em suas caracterizações. Há um ou outro erro de "digitação" também ao logo da HQ. Quanto a arte, Klebs Jr. mostra que é sim um artista muito competente, mas parece tentar emular o traço de Bryan Hicth em Os Supremos- que é até meio estranho, tendo em vista que o traço de Klebs por si só já era fantástico. Agora algo que talvez afaste o leitor comum é o valor da revista que sai por R$15,00 contos. Um pouco caro para um revista de poucas páginas, mas eu sei que há aí um custo alto em se fazer HQs desse tipo no Brasil, por mais que tenha tido financiamento pelo Catarse. É uma boa HQ, mas poderia ter sido melhor se houvesse um roteirista mais rebuscado.
Roteiro: Nota 5,0
Arte: Nota 7,5
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