Academia Gotham das coisas que comprei referente ao "DC You", foi de longe o melhor. Com roteiro de Becky Cloonan e Brenden Fletcher, a HQ desliza fácil e é bem dinâmica. Na trama Olive Silverlock é aquela garota nerd deslocada dentro de uma escola cheia de "riquinhos mimados". Ela tem em seu pé a simpática Maps, irmã do ex-namorado dela. Com um mistério envolvendo a protagonista, somos levados por uma trama onde o passado se choca de forma interessante com o Batman, o Asilo Arkham e deixa Olive dentro do raio de visão do Cruzado Encapuzado. O belo destaque vai para a arte Karl Kershl, artista que venho acompanhando desde a minissérie do Homem de Gelo para a Marvel no seu começo de carreira. Traço limpo e bonito. O ponto negativo vai para as cores muito pesadas. Tem horas que nem conseguimos ver o que tá acontecendo. A DC percebeu também e nas HQs seguintes existe um troca de colorista que melhora um pouco. Ultimamente os coloristas estão numa onda de encher os desenhos com toneladas de camadas e efeitos. Bola fora. Mas não atrapalha a ótimo leitura que foi Academia Gotham e espero por mais desse material.
Constantine- Hellblazer foi a tentativa da DC Comics em elevar o personagem de volta (quase) às suas raízes lá em meados dos anos de 1980. A ideia era reintegrar John Constantine à cronologia da DC como era antes do surgimento do selo Vertigo. Essa tentativa até que foi tentada durante Os Novos 52 no começo, mas foi bem avacalhada. E acreditem: essa nova versão escrita por Ming Doyle e James Tynion IV é incrivelmente pior. Pra deixar a coisa ainda mais avacalhada, a arte de Riley Rossmo é muito caricata e não casa em nada com o universo de Hellblazer. O roteiro tenta emular um pouco o trabalho de Jamie Delano, mas passa longe e chega a ser amador. Uma das piores coisas que já li. Nada se salva aqui. Tem apenas uma HQ que até curti, mas ainda assim, bem abaixo do que eu esperava. Fraco. A trama... hmm... não lembro muito. Alguma coisa com fantasmas, sei lá.
Bizarro de Heath Corson e Gustavo Duarte. Uma HQ fora dos padrões como tinha que ser, claro. Mas fora de um jeito que não é muito bom... mas também não é ruim. O começo é muito confuso e atropelado. Corson parece ter muitas ideias e querer abrir logo o enredo fazendo uma vagalhão de humor, pisa nos próprios pés várias vezes. Apenas na metade do encadernado a coisa vai melhorando. No melhor estilo "Road trip", Jimmy Olsen e Bizarro viajam pela América até o Canadá e vão enfrentando várias situações estranhas ao longo do caminho. Não tem muito enredo. É um sucessão de ações que levam a dupla a se meterem em confusões. O traço do brasileiro Gustavo Duarte é muito bacana e casou direitinho com a proposta da HQ. Dá pra divertir, mas em determinado momento comecei a me perguntar se num ia acabar mais.
NOTA: 7,0
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