Sem Limites, Hardcore: Missão Extrema, Rocky V, O Homem Duplicado e Assassino Profissional (Resenha Filmes)
Filme que assisti sem nenhuma expectativa e me surpreendeu foi esse Sem Limites do diretor Neil Burger. Conta a história de um escritor que está travado em seu livro, prestes a perder o contrato com a editora e de ser despejado de seu apartamento sujo. Sua namorada o larga por saber que ele não passa de um parasita que não chega a canto nenhum. Até que Eddie Morra (Bradley Cooper) encontra por acaso no meio da rua o ex-cunhado, que está consigo uma droga experimental que faz com que você acesse mais que os 20% do cérebro que usamos comumente. Com isso, Eddie escreve seu livro em quatro dias, sua casa vai de pocilga a algo em que se pode morar e logo ele começa a tocar piano, falar outros idiomas e começa a entender o mercado financeiro. Mas, claro, que tudo tem seu lado negativo. Ninguém cresce tanto de uma hora para a outra sem efeitos colaterais. E são esses efeitos que jogam Eddie em uma vida cheia de riscos. Com uma direção segura e um roteiro (de Alan Glynn) interessante, Sem Limites é um filme que sai do comum e coloca humor, drama e ação num mesmo pé de igualdade. Bela surpresa!
NOTA: 9,0
Hardcore- Missão Extrema é um filme "visual". Numa pegada de jogos de tiro em primeira pessoa, o filme de Ilya Naishuller é frenético, cheio de muiiiiiita ação e dono de algumas das cenas mais criativas de tiroteios que vi num filme. Na trama um cara acorda numa mesa sendo transformado em ciborgue pela sua esposa, e do nada o complexo que ele estava é atacado violentamente. O detalhe é que ela não chegou a religar a voz dele, então, no filme nosso protagonista fica o tempo todo calado, apenas vemos a câmera mexendo pra lá e pra cá. O longa tem mais de uma hora e meia e acreditem, é 90% de toda a fita é de ação vertiginosa. Tiros, explosões, lutas... e tudo como muita violência. Aliás, violência é o base desse filme, que não poupa detalhes de cada uma das lutas e tiroteios com cabeças voando, dedos, joelhos estourados, mais cabeças. Achei um filme audacioso e tem muito da estrutura de um game, inclusive com um "boss final" com direito a passar de fase e enfrenta-lo no alto de um prédio. Clichê de jogos dos anos de 1990. Filme bacana, com uma dose cavalar de ação. E parabéns principalmente aos caras da continuidade, edição e fotografia.
NOTA: 8,0 (pela criatividade)
Denis Villeneuve vem me surpreendendo com seus filmes como Sicario e Os Suspeitos e quando vi o nome dele em O Homem Duplicado, não pensei duas vezes ao parar para vê-lo. No entanto, nem todo dia é dia de santo. No longa um professor de história vivido por Jake Gyllenhaal acaba encontra um sósia a ver um filme. Com isso, ele fica obcecado em saber mais da vida de sua contraparte e o deixa obsessivo ao ponto de se encontrarem. Acontece que quando ambos se veem o choque inicial cede espaço para a curiosidade do ator, que enxerga naquela momento a oportunidade de viver a vida do professor e quem sabe até ganhar algo em troca, mas não falo de grana. É um filme bem filmado, mas típico de "Festivais". Cheio de simbolismos- o protagonista tem visão com aranhas- O Homem Duplicado chega a ser um pouco burocrático e em alguns momentos ele não sabe ao que veio. Com basicamente dois atos, o longa finaliza e você fica querendo entender o que aconteceu. Não recomendo para qualquer um...
NOTA: 6,0
Rocky V foi o único Rocky da sequencia cinematográfica que assisti nos cinemas (assisti também Rocky Balboa, mas quando falo sequencia, digo daquela iniciada em 1976). Aqui Rocky está com dois problemas: um é que por conta de um problema em seu cérebro de tanto tomar porra de Draco no longa anterior está proibido de subir ao ringue com o risco uma grave lesão e a outra é que seu contador lesou a fortuna do lutador e o deixando sem nada. Falido o pugilista volta ao bairro de onde veio e reencontra suas raízes. Rocky volta às suas origens e sai do filão filme pipoca que se colocou em Rocky III e IV e tentar chegar mais próximo dos primeiros com drama e dificuldades. É tanto que John G. Avildsen diretor do primeiro filme volta para a cadeira de condução e Bill Conti está com suas trilhas marcantes novamente. Mas o filme foi mal nas críticas ao colocar Rocky como um treinador de um promissor pugilista (Tommy Morrison) e que ambos acabam se engalfinhando no meio da rua, sem ringue, sem trilha emocionante, apenas um "quebra pau". Com isso, foi o fim da franquia até aquele momento. Costumo pensar que foi um filme necessário para recolocar o personagem em sua linha mais famosa que é o drama, mas pecou em não se definir ao certo se queria um filme de drama com ação, ou um filme de ação com drama.
NOTA: 6,0
Assassino Profissional poderia ser só mais um filme genérico de ação, bravatas, tiros e violência. Mas se tem uma coisa que os coreanos sabem fazer é filme de ação regado a muita violência. Na trama um assassínio profissional acaba matando uma menininha durante a execução de contrato e isso o faz pensar sobre seu atos. No entanto, seu contrato ainda não havia sido finalizado, pois a pessoa que deveria morrer acabou deixando uma ponta solta com sua esposa e isso faz com que Gon (Jang Dong-gun) resolve deixar a mulher a salvo. A primeira vista parece o clichê de sempre, mas a execução do diretor Lee Jeong-beom é bem acima da média e não deixa o filme cair na pieguice. É um filme frio, cruel e com belíssimas cenas de ação que lembra um pouco os primeiros filmes de John Woo. Um bom filme pra quem curte um bom tiroteio.
NOTA: 8,0
Comentários
Quanto aos Rocky, vacilo da Netflix não ter todos!
E filmes de ação, ação e mais ação que andei assistindo foi a ex-trilogia Bourne. A sensação que me deu foi de estar vendo um mesmo filme dividido em três. Achei interessante, mas só. Esse Korea aí eu vou deixar passar, hehe. Valeu pelas dicas de filmes!