Pular para o conteúdo principal

Rogue One- Uma História Star Wars (Resenha Cinema)- SEM SPOILERS

Quando o filme foi anunciado eu fiquei desconfiado, não tinha certeza se funcionaria. A ideia de mostrar os Rebeldes que furtaram os planos da Estrela da Morte com seu ponto fraco me soava muito bom, mas e a execução desse projeto? A Lucasfilms apostou em Gareth Edwards para o trabalho e posso dizer que foi bem acertado. De cara Rogue One é Star Wars de raiz, nostálgico, ao mesmo tempo que é novo e único. É um filme sobre guerra! Uma guerra de pessoas que não aceitam a forma totalitária em que o Império relativamente recém formado vem atuando com mão de ferro. Uma Aliança formada por ex-senadores coloca uma pedra no sapato do enorme Império Galáctico que está construindo uma enorme arma capaz de destruir planetas: a Estrela da Morte. A trama conta exatamente isso, de como um grupo de Rebeldes consegue furtas os planos dessa estação bélica, preenchendo a lacuna entre Episódio III e Episódio IV. O link direto, claro, é com o primeiro da trilogia clássica. O que me deixou muito feliz foi ver todo aquele universo expandido por uma outra ótica, a dos Rebeldes e seus motivos de forma mais profunda.
O filme traz novos personagens, novos planetas, um novo olhar para dentro do Universo de Star Wars. A guerra parece ser mais cruel e cinzenta. Os personagens mais desconfiados e menos altruístas. Mas ainda assim... a magia tá toda lá. A trama coloca Jyn Erso (Felicity Jones) em busca de seu pai, Galen Erso (Mads Mikkelsen- como esse ator é espetacular) que foi um cientista da Império antes de se isolar num planeta distante. No percurso Jyn acaba no caminho dos Rebeldes que precisam de informações sobre Saw Gerrera (Forest Whitake), um líder extremista que bate de frente com o Império Galáctico. Nesse trajeto todo, a jovem filha do cientista descobre outros planos do famigerado novo regime que envolve seu pai e cabe a ela e um pequeno grupo liderado por Cassian Andor (Diego Luna) buscar respostas e soluções para um crise imediata. O destaque para K-2SO (Alan Tudyk), o androide reprograma do Império que é sem dúvidas um dos melhores personagens do filme. Mas vale o destaque para o truculento Baze Malbus (Wen Jiang) e o ótimo Chirrut Îmwe (Donnie Yen)- personagem muito carismático.
O filme ganha muito em cenas de ação tanto no espaço quanto em terra. As batalhas são bem filmadas, as cenas do espaço trazem uma luta que há tempos não se via, digna da guerra espacial no final de O Retorno de Jedi. Muito, mas muito bom mesmo, ainda mais com toda a tecnologia de hoje. Ver a onipotência dos Cruzadores Imperiais, o perigo dos AT-ATs e os mortíferos AT-STs em ação foi de encher os olhos, assim com Stormtroopers a dar com rodo pra tudo que é lado em seu visual clássico. As batalhas entre X-Wings e TIE Fighter também foi de uma emoção só! Tudo nessa nova forma de enxergar esse universo de Star Wars ficou muito bom. A única ressalva pra mim foi a composição. Inicialmente Alexandre Desplat seria o compositor, mas como houve refilmagens, a agenda dele ficou complicada e Michael Giacchino assumiu a composição tendo apenas quatro semanas para produzir toda a trilha e dá pra sentir que pesou. Não é ruim, mas não cria um link emocional. Enfim... Que venham novos filmes da franquia com essa pegada.

NOTA: 9,0

Rogue One- Uma História Star Wars (Rogue One: A Star Wars Story, 2016)
Direção:  Gareth Edwards
Roteiro: Chris Weitz e Tony Gilroy
Elenco: Felicity Jones, Diego Luna,  Ben Mendelsohn, Donnie Yen, Mads Mikkelsen, Alan Tudyk, Riz Ahmed,  Jiang Wen, Forest Whitaker
Duração: 133 min
Estúdio: Lucasfiilms (distribuição mundial Disney)

Comentários