Poderoso Thor • Em Busca dos Deuses (é o Vol. 16 da Coleção Salvat da capa preta) por Dan Jurgens e John Romita Jr. Lembro de quando essa série saiu logo após o fim de Heróis Renascem, ela fez um "sucesso considerado". Comecei a acompanhar nas edições da Marvel 2002 da Editora Abril, ela fora cancelada e veio a era da Premium, que eu cheguei a acompanhar um pouco emprestado de um amigo. Eu até gostei, mas não li muito. Acho que Jurgens tentou emular o trabalho dos quadrinhos clássicos do personagem de épocas em que Stan Lee e Jack Kirby criavam o universo Marvel. Mas Jurgens também coloca uma pitada de Superman de John Byrne. Eu li pouco essa fase do Superman de Byrne. Consegui umas edições aqui e ali, mas é bem verdade que Jurgens usa algumas referencias ao trabalho dessa época de Byrne. Tem até uma passagem muito semelhante entre as duas HQs em que o Superman passando por uma multidão de curiosos, é admirado pela sua altura e porta físico, e Jurgens faz exatamente igual com o Thor.
Aqui o roteirista traz a típica HQ heróica. Com frases de efeitos, ações vertiginosas, algum conflito pessoal entre dúvidas, etc. Já o trabalho de Romita Jr. também tá bacana. Muita gente torce o nariz para Romita Jr, e admito que sua atual fase na DC Comics está longe de ser o seu melhor trabalho, mas em geral é sim uma baita desenhista. E gosto principalmente quando a arte-final é de Klaus Janson e Scott Hanna na arte dele. Ganha uma vida e tanto! A única coisa ruim é que o arco fica aberto aqui... Esse é um material que mereceria ganhar uma série de encadernados em capa cartonada para fãs que curtem essa fase de Jurgens que perdurou por anos de tão boa que foi.
NOTA: 8,0
X-Men • Os Filhos do Átomo (Coleção Salvat vol. 10, Capa Vermelha) por Joe Kelly, Steve Rude e Paul Smith. Também com Stan Lee e Jack Kirby. Apesar de não estar mais colecionando as edições da Salvat e qualquer outra, ainda tem muita coisa ali pra ler e admito que alguns desses materiais não pretendo me desfazer, como é o caso dessa edição. A acho um dos melhores contos dos X-Men dentro da proposta de origens. Joe Casey catapulta sua estória diretamente no túnel do tempo e entrega uma minissérie bem nos moldes das escritas na época dos primórdios dos mutantes por Chris Claremont. Gosto bastante desse arco de Filhos do Átomo. Kelly é um roteirista que sabe escrever bem quando quer. E aqui ele trouxe aquela paranoia que existia contra os mutantes no começo de suas HQs, assim como Chris Claremont perdurou por anos, sempre trazendo grandes arcos com temas fortes, como a intolerância, os ataques preconceituosos e a violência que tudo isso acarreta.
Pena Steve Rude não conseguir fazer o arco todo. Paul Smith finaliza da metade para o final (não creditado na versão da Salvat) e é um trabalho oscilante. Gostava do trabalho dele nos de 1980, mas aqui tá bem abaixo do que ele pode fazer. A Abril lançou esse arco também em volume único em formato "Premium". Sempre procurei por ela e nunca havia achado. Em tempo, finaliza esse volume com a primeira HQ dos X-Men por Lee e Kirby. É uma "brasa, mora?" Fora editado trocentas vezes em várias publicações e formatos.
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