Nem só de quadrinhos e cinema vive um nerd. Ou pelo menos
não eu. Copa do Mundo sempre me trouxe o fascínio de uma competição mundial
(como o próprio nome diz, claro!) e essa disputa por um troféu soa como um
enorme game onde a gente precisa finalizar. Analogia “nérdíca” à parte, esse
ano não deu pro tão “sonhado” Hexa. O time brasileiro chegou como sempre como
um dos favoritos e admito que eu quase achei que pelo menos dessa vez passaria
das Quartas. Em minha percepção eu não via esse grupo como campeã, mas pensei
que chegaria quase lá.
Mas quando assisti aos jogos, apesar da qualidade dos
jogadores, pareceu-me que faltou mais experiência. Mais maturidade. O time
montado por Tite tem grandes nomes individuais jogados por vários clubes pelo
mundo, mas faltou os “homens de ligação”. A Copa que mais lembro é do
espetacular campeonato de 1994 onde um time desacreditado e cheio de jogadores
questionados e mais velhos saiu do país apenas com a força de vontade de
ganhar, de mostrar o peso da camisa verde e amarela e acima de tudo, de se
provarem capazes.
De lá pra cá, o que vejo parece ser uma sombra disso. E cada
vez mais eu não consigo enxergar uma Seleção, mas sim nomes individuais. Jovens
jogadores vendidos a peso de ouro no mercado do futebol. São excelentes jogadores?
Com certeza que são. Mas não sentem o peso da camisa. Sentem o peso da pressão!
O futebol pode não ser a solução para todos os problemas do Brasil. É diversão
apenas. Mas o brasileiro ama isso. Ama de verdade! Temos muitos problemas nessa
imensa nação, verdade, mas naqueles noventa minutos o brasileiro esquece um
pouco de tudo isso e torce. Todo mundo junto- ou pelo menos a maioria- e depois
se volta para a realidade brutal desse Brasil entranhado de corrupção politica.
Seja como for, Qatar vem aí em 2022. Esperamos um time mais
maduro psicologicamente. Não fez feio nessa Copa. Perdeu e soube aceitar dessa
vez- nas últimas três Copas saiu birrado. Os Simpsons disseram que o Brasil
será Hexa. É só aguardar.
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