Há tempos que eu assisti isso. Aliás, assisti praticamente em tempo real com o que tava saindo lá fora. Mas fazendo uma coisa aqui e ali, acabei arrastando um pouco e depois houve uma grande reforma na minha casa, o que me fez parar tudo por um mês e meio. Aí pensei em escrever sobre o Ano II de Heroes logo que coloquei o Osama de volta no meu quarto (Osama é o nome do meu PC), mas aí pensei melhor e esperei o terceiro ano estrear, juntar uns episódios e assim começar a assistir pra traçar algum paralelo. Bem, é isso que fiz. Já assisti oito episódios da nova temporada e não vou falar deles. Não agora. Mas pelo menos posso voltar os olhos para o Ano II ou Volume II: Gerações com mais propriedade. É sabido que a audiência da segunda temporada foi uma merda deixando a série numa quase berlinda. Eu ainda não tinha assistido nada quando as pessoas começaram a falar que tava ruim, a crítica chutando o balde e ameaças de que Heroes estaria sendo reestudada. O fato é que é ruim mesmo. São apenas onze episódios, por conta da greve dos roteiristas no começo do ano, mas onze episódios que não tiveram tanta interferência assim como muita gente quer dizer. Afinal, a série começou ruim. A greve nada teve a ver com esse começo desastroso. Arrastado, sem sair do lugar, colocando o personagem mais carismático, Hiro (referencia clara a “Heroes”) numa parada temporal besta e pior, arrastando isso por metade do seriado todo. Foram vários episódios de Hiro em foco no Japão feudal. Só que os erros não são apenas esses. A coisa ficou tão sem nó, que os produtores tentaram explicar uma série de coisas que perderam o sentido no final da primeira temporada. Salvar a Líder de Torcida Claire já não me parecia tão importante, a espada de Takezo Enzo também já não era mais um foco e Sylar não tinha mais um papel tão importante. Estava nas beiradas. Aí tudo soou meio “barulho” por nada. Então, as explicações começaram a surgir, meio que sem muito sentido ainda, ou tentando cumprir o que era grande na primeira temporada e se perdeu com o tempo. Quando Tim Kring, criador da série viu que a coisa tava feia, deu um gás no final e conseguiu um pouco de entusiasmo, mas já era tarde o estrago tava feito. Pra piorar, a greve dos roteiristas atrapalhou a série na sua tentativa de retomada. Kring chegou a pedir desculpas em público aos fãs da série pela caída na qualidade e prometeu que iria reparar esse “erro” no Volume III. Outro erro foi a inclusão de vários personagens que nem fediam e nem cheiravam, só estavam lá pra mostrar poderes. Tanto que na terceira temporada agora eles nem aparecem mais ou foram esquecidos ou mortos de cara. Recentemente dois produtores da série foram despedidos pelo motivo da baixa audiência da terceira temporada, que de fato, num tá essas coisas não. Mas isso eu comento mesmo quando terminar tudo. Outros personagens da primeira temporada acabaram quase que marginalizados ou descaracterizados. A série terminou no segundo ano melhor do que começou, de fato, mas ainda estava longe do ótimo começo, que chegou a bater Lost que tava na terceira temporada. Tudo bem que a terceira de Lost de fato num foi tão boa, mas ainda assim, Lost consegue prender. A primeira temporada de Heroes era novidade e estava lançando os ganchos que não conseguiu seguir na segunda. Aí fico me perguntando se Heroes irá mesmo continuar com um desempenho tão mediano. Já vi séries boas (bem melhores) sendo canceladas por menos.
Comentários