Dragon Ball (1984/1995)

Acho Dragon Ball genial. Uma das melhores criações vindas do Japão. A riqueza do universo criado por Akira Toryiama é tão grande quanto sei lá, Senhor dos Anéis em termos de detalhes e mitologia. Tá, exagerado! Talvez menos, certo, mas o fato é que os personagens crescem com você. Eles ficam adolescentes, viram adultos, casam, uns se aposentam enfim. Toda a saga é enorme. Não gosto muito de Dragon Ball Z. Acho muito super-foda! Gosto mais de ver Goku pequeno, aprendendo a lutar em campeonatos, observar os personagens engraçados, as tiradas e as descobertas dos personagens. Era tudo menor, mas bem mais divertido. Já Dragon Ball Z é uma sucessão de “quem é o mais ultra-mega-power forte” e consegue elevar isso às últimas. Bem chato na verdade.
Cowboy Bebop (1998/1999)

Taí um animê bacanudo. Ficção científica, meio noir, meio faroeste, meio dramático... algo bem incomum em animação japonesa que sempre cai nos clichês de novela mexicana. O bacana é ver os caçadores de recompensa da animação em ação e depois vê-los confrontar seus próprios passados. Isso tudo com muito estilo numa animação muito bem produzida e com um toque musical único: blues. Ele é todo regado no Jazz e Blues. A trama se passa bem no futuro e a humanidade agora vive em colônias nos planetas do Sistema Solar. Como tudo agora é escala universal, as autoridades acabam recorrendo aos caçadores de recompensa. Hajime Yatate é o criador do seriado que depois virou mangá. Geralmente é o contrário.
Evangelion (1995/1996)

Lembro quando assisti isso pela primeira vez. Minha primeira impressão foi de que descobri algo nunca visto. Até então, o que se via em TV aberta era Cavaleiros do Zodíaco, Samurai Warriors, Shurato e semelhantes. Evangelion era um passo muito além. Uma animação adulta, com tramas pesadas que abordavam psicologia,sexo, dramas existenciais, filosofia, ficção científica e uma pá de outras coisas. Completamente diferente do feijão com arroz de sempre. Eu vi isso pela primeira vez em um VHS de uma amiga e quase roubei dela. Haha! Apesar de a trama correr pra um final horrível (no pior sentido), o animê ainda é considerado um dos pontos mais altos dos seriados japoneses. Mistura além disso, personagens carismásticos em seus robôs gigantes ligados mentalmente e a histórias gira em torno de seres alienígenas (é que se pode interpretar) que buscam um dos seus. Mas não é tão simples assim. É cheio de paradigmas bíblicos e coisas do tipo. O mangá criado por Hideaki Anno, que também é o diretor da série de TV, ainda não foi concluído lá fora no Japão e ele lança apenas um volume por ano.
Yu Yu Hakusho (1992/1995)

Apesar de ser um daqueles animes arrastadões, Yu Yu Hakusho, criado por Yoshihiro Togashi, ganha em bônus pela simpatia. Claro que ele tem uma hora que fica extremamente chato, entre as passagens de arcos, mas sempre que engrenava em suas fases, a animação ganhava um ritmo muito bom. Bem animado e bem produzido, a animação passou todinha no Brasil em TV aberta pela extinta TV Manchete. Eu cheguei a gravar isso em VHS. Uma boa série que não caiu (muito) no maniqueísmo de seriados como o já citado Naruto ou Bleach.
Record of Lodoss War (1990/1991)

Uma série especial lançado especialmente para o mercado de vídeo, Lodoss War é a síntese de um bom jogo de RPG criado por Ryo Mizuno, um jogador. Ele não cai na trama fácil de grandes batalhas e personagens se superando o tempo todo. Não. Ele segue o caminho dele. Nem mais, e nem menos. É como se você estivesse mesmo jogando uma partida de D&D. O bom dessa série é que as tramas não se atropelam. O tempo é respeitado e não temos um Pégasos da vida elevando o seu cosmo no último crucial instante para salvar o mundo. Por favor, menos! Não. Aqui as coisas acontecem como têm de ser. É o “Senhor dos Anéis” do Japão. Depois fizeram um seriado de TV bem inferior ao lançado em vídeo.
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