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Sou fanzineiro

As capas
Esse texto foi extraído do meu outro blog, onde posto artes antigas e algumas relativamente recentes do meu flog de desenhos. Esse mesmo texto a seguir está lá, mas vou reproduzí-lo aqui na íntegra invés de falar tudo isso de novo com outras palavras. Pra quem quiser conhecer, sei lá, o outro blog com tudo que falo a seguir, é só clicar AQUI. Então, segue o texto:

"Eu adoro esse termo: “Fanzineiro”. Mesmo! Gosto disso. Gosto de ser chamado de fanzineiro. Gosto de produzir pequenas coisas que muitas vezes ninguém nem toma conhecimento. Olha bem pra esse blog (Nota: referente ao outro blog). Quando tinha um contador registrava sei lá, umas cinco pessoas ou dez por semana, sendo que umas seis era eu mesmo. E mesmo assim continuei a atualizar normalmente com texto e tudo. Por quê? Simples. Eu gosto. Sinto prazer em produzir o que sei. Se eu me divirto só catalogando, então eu faço independente de qualquer coisa. Pode parecer até um pensamento pequeno, mas a verdade é que gosto mesmo disso. Sempre produzi assim, por prazer acima de tudo sem me importar muito com quem ia ver o que faço.

Já produzi muito fanzine e muita gente nunca viu. Apenas algumas poucas pessoas sabem de tudo que fiz, e são as pessoas mais próximas e mesmo assim, não conhecem exatamente tudo. Eu nunca fiz pra tentar ganhar dinheiro ou tentar os louros. Nunca produzi com esse intuito. Nunca quis ficar famoso ou ter uma mídia falando de mim. Sempre o que mais quis foi produzir. Hoje com o advento da internet fica mais fácil dividir as criações com outras pessoas, trocar idéias e isso é legal. Muito legal mesmo. Desde que essa forma de contato se fez mais presente, poucas pessoas viram esses fanzines que “cataloguei” aí, simplesmente porque eu não quis vender. Eu dei alguns pra amigos. Acho que um ou outro acabou comprando porque mandou o dinheiro de cara. Mas o que se viu meu mesmo foram apenas colaborações em outros projetos e o zine Arena que sou editor e roteirista. Mas coisas minhas, não.

Mas pretendo pra breve, espero, depende de muita coisa como grana, poder relançar esse material todo aí. Relançar com um acabamento melhor. Não vou refazer o conteúdo, só arrumar os textos (sem modificá-los), criar capas novas e até colocar um material extra, não sei bem. Será bem fanzine ainda. Não sei se será Xerox ou impressão. E os preços serão apenas para cobrir as despesas de envio pelo correio. Por mim, eu fazia era dar os fanzines. Nunca tive intenção de fazer grana com quadrinhos e nem de me profissionalizar. Eu só quero criar. Grana é bom. Muito bom. Eu preciso, todo mundo precisa. Não sou rico e nem hipócrita pra tá esnobando dinheiro. Tenho uma vida bem, bem simples mesmo. E é assim que gosto. O que vier é lucro.

Não tenho nada contra com quem quer crescer nessa vida de produção de quadrinhos. Muito pelo contrário! Ver os amigos conseguindo ir além é muito bom! E se eu puder ajudar, melhor ainda. Mas eu mesmo, num é pensamento derrotista nem nada, mas eu mesmo prefiro produzir o que der e eu puder. Sem me importar muito com o resto. Só quero criar. Todos esses zines aí da minha “catalogalização” foram feitos com essa cabeça. Todo mundo têm seus problemas em menor ou maior grau. Família, grana, assuntos pessoais... enfim. É normal. Cabe a cada um se sentir livre de cabeça pra produzir como preferir. Tem gente que espera muito e tem gente que espera o “suficiente”. Normal.

Como qualquer um eu tenho meus pepinos pra resolver e não é moleza. Mas prefiro não ficar me lamuriando ou martirizando por isso. Quando dá, eu produzo. Quando não, eu paro e espero o momento certo. Simples assim.

Esses zines aí eu chamo de “A Segunda Onda”. São zines que produzi de 1999 pra cá. Eu havia parado a um tempo de produzir mais por comodidade e então em 1999 eu voltei com tudo. Antes disso eu já havia feito muita coisa e um dia quando eu tiver um scanner eu talvez até bote aqui. E é isso que chamo de “A Primeira Onda” que vai mais ou menos de 1995 a 1997. E antes disso é a “Era de Madeira” com as produções em papel ofício frente e verso desenhado com BIC e pintados com lápis de cor. Isso em meados de 1989 pra 1992. Ô época boa, sô! Um dia quem sabe.

Para minhas próximas postagens vou falar um pouco de cada produção independente que participei como colaborador".

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