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Animação japones fazia a festa

Pra mim as melhores séries animadas vêm do Japão. Não só pela qualidade visual, mas também pelo apelo mais humano dos personagens, coisa que praticamente não existe nos outros mercados, principalmente um dos maiores deles, os Estados Unidos. Zapeando pela Internet esbarrei numa bate-bocas interessante no fórum. Um cara dizia que animação japonesa era tudo a mesma merda e duas meninas diziam que ele não sabia de nada. Na verdade era nesse sentido, só que eles estavam trocando xingamentos. Eu sempre fui fã de animação japonesa, desde pequeno, muito antes de saber que o que porra era isso. Os Animês (ou animação japonesa) estão fincadas no Brasil desde a década de 70, acredito. Talvez até antes disso, mas não sei precisar. Eu assistia tudo que passava na década de 80. Adorava e entendia que aquelas produções eram do Japão. Com o tempo as animações foram minguando e nada se via na nossa TV aberta além de uns gatos pingados. Resumindo, já que não gosto muito de ficar esticando textos porque não tenho saco de ler textos longos dos outros e por tanto, não faço igual, veio Cavaleiros dos Zodíaco na extinta TV Manchete em 1994 e o "boom" que se seguiu foi uma gozada para os amantes da animação nipônica. A emissora já tinha, digamos, tradição em apresentar séries japonesas. Até aqui tudo bem. As TV estavam se rendendo a moda e queriam seu próprio seriado animado japonês. O SBT foi um dos primeiros a capturar uma porrada animês como Dragon Ball, Street Fighter Victory, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Fly entre outros. Em seguida a Globo pegou algumas coisas também, mais discreta, mas pegou. Chegou a trazer dois sucessos como Sakura Card Captors e Samurai X que mesmo degolados por conta de censuras, fizeram muito sucesso. Investiu mesmo foi em seriados genéricos do Pokémon, que passava com sucesso na Record. Até a Band depois de um tempo aproveitou o embalo com o bizarro Bucky e Tenchi Muyo.Hoje essa explosão não existe mais, é verdade, mas as animações japonesas ainda correm soltas em eventos e vendas "indiretas". O fã desse tipo de animação em geral recorre a amigos com facilidade para conseguir seu material preferido ou vai diretor na Internet pegar seus animês. Existem festivais em praticamente todo o Brasil sendo o Sana, aqui de Fortaleza, o segundo maior do país. Mas depois de um tempo, pra mim a animação japonesa se tornou monótona. Não em algum sentido depreciativo, mas no sentido de que parece que as coisas não andam. Eu continuo gostando muito de animês. Entre os meus favoritos estão Cowboy Bebop, Evangelion, Dragon Ball (primeira fase), Yu Yu Hakusho (esse só presta com a nossa dublagem nacional original), Love Hina, entre outros seriados, mas o fato é que vendo no festival de animês que fui ano passado, justamente o Sana, percebi que as produções de hoje não diferem muito dos anos 80 ou 90. Sempre tem o mocinho que apanha, apanha e na verdade estava apenas "testando" a força do adversário. Depois bate, bate e o inimigo diz que "agora sim você verá minha verdadeira força", aí ele faz umas mugangas, eleva seu "cosmo" (genérico) e avança com "força mortal"... masssss... o mocinho consegue ir além por conta de sua força de vontade incomensurável e sua força fica super foda no finzinho da luta. Ele vence e depois cai no chão desmaiado. Ás vezes cai até sorrindo. Hahahaha! Que galhofa. É por essas razões que eu parei de ir atrás de animês. Já foram mais interessantes.Eu tenho preferido catar animês menores e geralmente de humor. Os de aventura e ação são todas irmãos gêmeos um dos outros, só mudando a peruca. Acredito que foi isso o que o garoto do bate boca quis dizer, só que com palavrões. Eu também não tenho saco pra esse tipo de animação metódica, ancorada numa fórmula velha que vem tentando se reciclar, mas infelizmente sempre cai nas mesmas armadilhas. O Japão produz muita, mas muita animação por mês. É muita coisa que aparece e some como um peido ao vento. Conheço pessoas que adoram coisas como Naturo e Bleach, dois seriados animados que são justamente tudo aquilo que falei. Que corroboram com a sintesa afobada do garoto que xingou as duas meninas num fórum. As duas meninas defendiam Death Note e Naruto. Este primeiro é um dos seriados mais sem graça que já assisti. Tem todos os clichês típíco e ainda vai além; ele quer ser pesado e causar "medo" nos espectadores, mas em mim só causou náuseas e sono. Eu até arrotei assistindo um episódio. Tentei assistir, mas quando começou a cair em todos os clichês possíveis... bah... "foda-se", eu pensei. Os maiores fãs desse seriado devem ser os mesmo que gostam de Crepúsculo. Só com essa, eu já deveria ficar calado. Hahahaha! Bem, o fato é que ainda deve existir inteligencia dentro das animações japonesas. Gantz e o seriado do Ghost in the Shell são provas disso, mesmo que também caiam em muitos clichês, saem da fórmula comum de sempre como os já citados Naruto e Bleach.

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