Série: Misfits Temporada: Primeira Produção: E4 Criador: Howard Overman Episódios: 6 Ano: 2009
Demorou um pouquinho para eu fazer a resenha de Misfits, mas está aqui. Na verdade, demorou bastante. Hehehe! Bom, aproveitando que a segunda temporada estreou e já está com dois episódios, resolvi dar uma olhada na primeira temporada para poder fazer a resenha da série. Eu bem que poderia ter assistido novamente, mas bastou uma olhada rápida dando alguns saltos pelos episódios para relembrar o seriado todo. Tudo começa quando alguns jovens delinquentes ou que cometeram pequenas infrações está realizando serviço comunitário em pátio. Uma estranha tempestade elétrica os atinge dando poderes aos cinco jovens e transformando o seu supervisor em zumbi. Apesar da premissa meio Marvel e de claro, a fonte básica referencial a quadrinhos, Misfits passa longe de seriados como Heroes, No Heroics ou o recente No Ordinary Family. A primeira coisa que se vem a cabeça acaba sendo mesmo Heroes, seriado estadunidense que começou relativamente bem, com alguns altos e baixos, mas que conseguiu chamar a atenção, e caiu miseravelmente em suas temporadas seguintes.Não. Misfits está fora dessa categoria. O seriado inglês é subversivo em algumas passagens, há sexo, drogas e muitos palavrões. A melhor comparação de Misfits está em Skins, outro seriado inglês, que infelizmente assisti a poucos episódios soltos, mas deu pra sacar a referencia clara. Eis aí o diferencial do seriado. Não espere atos heróicos, frases de efeito ou alguma coisa do tipo. Aqui é cada um por si. Os personagens estão numa espécie de reformatório comunitário para jovens infratores. Os poderes são bem variados e alguns deles tem algumas utilidades estranhas como a da gatona Alisha que depois do incidente ganha uma habilidade sexual. Que tocar em sua pele automaticamente ficará super excitado e a fim de transar com ela, seja homem ou mulher. A grandalhona Kelly pode ler a mente, o que é já é mais comum. Já o “freak” Simon pode ficar invisível, poder este “concebido” por conta de seu temperamento introvertido. O corredor Curtis tem o poder de viajar no tempo, mas não consegue controlar muito bem. E o imoral Nathan, um aloprado sem noção aparentemente não tem poderes nenhum, mas algo se revela no final da temporada que eu não vou entregar para quem não assistiu ainda.A atração do Canal E4 fez um certo sucesso e arrebatou até um premio, o BAFTA Television Award 2010 de Melhor Série Dramática. Mesmo curtinha com seis episódios de duração entre 45 e 50 minutos, Misfits é um material a ser apreciado por amantes de seriados mais adultos, saindo de cosias meio “Malhação” como ficou Smallville por exemplo (que já foi bom, vale ressaltar). Os episódios são cheios de referencias aos jovens da atualidade, principalmente, claro, ao adolescente inglês com suas danceterias, pubs, sexo, drogas e tecnologia. O humor contido no seriado é negro, pesado às vezes. Com um conteúdo forte. Não tem cenas de ação descerebrada, mas tem uma dose cavalar de bons textos e acontecimentos misteriosos. E claro, há aqueles que assim como eles também ganharam poderes estranhos e que os cincos jovens acabam enfrentando de forma meio desastrada pelo caminho. Agora é esperar para ver como a segunda temporada se sai.
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