Scott Pilgrim versus the World (2010) Direção: Edgar Wright Roteiro: Edgar Wright, Michael Bacall, Brian Lee O'Malley Elenco: Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Ellen Wong, Jason Schwartzman, Brandon Routh, Anna Kendrick Estúdio: Universal Pictures Distribuição: Universal Pictures Duração: 112 minutos
Demorou pra vir pro Brasil, mas finalmente o filme estreou, mesmo que de forma porca (mas tá por aqui e é o que vale). Vai rodar o país em esquema de “distribuição setorizada”. O filme foi mals das pernas pelos Estados Unidos, não deu a bilheteria que o estúdio queria e aconteceu um efeito dominó de resto. Quase veio pra cá apenas como DVD de varejo. Ele não ter sido um sucesso nos EUA é compreensível. Aquele povo é burro demais pra entender a estética de um filme como Scott Pilgrim vs o Mundo. Eles preferem dar o primeiro lugar consecutivo por semanas a filmes como Segurança de Shopping como foi em 2008 (acho). Mas tirando a burrice dos “americanos”, posso garantir que o filme é sensacional. Em tudo! Você fica grudado na cadeira por vários fatores. Um filme de ideias rápidas, de edição veloz e de uma bela fotografia. Scott Pilgrim tem tudo para ser um daqueles filmes baseados em quadrinhos com uma adaptação fiel as suas origens assim como Sin City por exemplo. Acho que filmes que são adaptados assim acabam sendo fracassos. Sin City não foi exatamente um sucesso de publico. Seja como for, Scott Pilgrim vs o Mundo é um filme que superou as minhas expectativas. Ao mesmo tempo que tem um lado “indie” nele, a nerdice é ligada do começo ao fim, a começar pelo logo da Universal Pictures todo pixelado e com um som “mid” sintetizando os games antigos de 8 bits. O filme é rápido em seus acontecimentos. Tudo muito bem desenrolado, a trama joga Scott Pilgrim (Michael Cera e sua cara de sempre) de encontro a seu novo grande amor, Ramona (Mary Elizabeth Winstead) que fica entre seu último romance e seu atual rolo com Knives Chau (Ellen Wong). O bacana do personagem é sua “frágil” personalidade que vai do dramático ao entusiasta em segundos. Mas não pense que você verá um chorôrô besta. O filme é divertido e tem ótimas cenas de ação digna de grandes filmes de super-heróis e videogames. E em parte essa é metáfora do filme. Pilgrim resolve namorar Ramona, mas para isso terá de enfrentar seus Ex- Sete Namorados Malvados. Como num videogame ele irá enfrentar um a um e com isso vai passando de “fase” ganhando mais conhecimentos e poderes (!) incluindo aí até uma vida extra (!!). Para quem é fã de quadrinhos e games pode preparar a camisinha, meu velho, pois você vai gozar até o talo. Infelizmente eu não li os quadrinhos do qual o filme baseado, que é uma criação do canadense Brian Lee O'Malley. Atualmente está saindo no Brasil produzido especialmente para o mercado de livrarias, mas ainda não pude comprar nenhum volume. Mas pelo que pude ver em alguns sites e blogs, o filme ficou bem fiel ao original, até porque também li comentários a respeito disso em várias páginas pela Internet. Mas não me apego muito nisso não. Eu prefiro assistir e me divertir. Isso vale mais do que qualquer apurrinhação “nerd” sobre comparativos exarcebados.
Tem cara que dá a bunda se o cabelo do fulano não estiver de acordo com o “original”. Humpf! Pode assistir sem medo de ser feliz. Mas o filme tem uma estética muito alternativa em algumas passagens. Com uma contextualização levemente pendente para filmes europeus tipo franceses. Mas isso fica subtendido, pois as cenas de batalhas na melhor forma “vs” de jogos de luta logo toma de conta da telona. O diretor Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto) fez um filmaço e conseguiu colocar em quase duas de projeção um filme que pode agradar a qualquer um, desde que não fica procurando rótulos. A “batalha de bandas” é um show a parte e o uso das onomatopéias foi uma boa sacada. Procure num cinema perto de você, pois vale a entrada de boa!
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