Quando Ennio Morricone abre o longa com sua trilha sonora fantástica, logo você já soma que algo de muito bom vem por aí. Bem... Vem mesmo! O oitavo filme de Quentin Tarantino tem aquilo que o diretor mais gosta de fazer: diálogos fortes! Não como ele consegue transformar um filme de quase três horas parecer um filme de uma hora e meia. Digo isso de forma positiva, pois quando você está lá empolgado, não percebe que já se vão quase três horas e diz consigo mesmo: "Caraca" Já é tudo isso? Nem percebi...". Não um filme de ações a cada 30 minutos- o que é mais ou menos alguma coisa assim que acontece em seus filmes, mas não todos- no entanto, as pequenas reviravoltas e a trama muito bem engendrada te faz querer saber mais, e ver mais também. Aqui uma diligencia vem traçando uma rota até encontrar no meio da estrada o major Marquis Warren (Samuel L. Jackson) que agora é um caçador de recompensas depois da Guerra Civil. Na diligencia o oficial John Ruth (Kurt Russell)- que também é um caçador de recompensas- está levando Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) para ser enforcada em uma cidade próxima e receber sua recompensa de 10 mil dólares. No entanto, uma nevasca no meio do trajeto os obriga a se refugiar numa albergue conhecido. Lá encontram mais pessoas que ficam encurraladas pelo mal tempo.
Aqui Tarantino traça seu filme em um ambiente fechado, onde dentro daquelas paredes aquelas pessoas pareciam ter um segredo ou que escondiam algo que não estava correto. É com os diálogos fortes e bem calculados que o diretor tece seu filme típico, ali como foi com Pulp Fiction ou Cães de Aluguel. E se tem uma coisa que o cineasta sabe usar sem ser gratuito é a violência. O filme tem cenas bem fortes, mas nada acontece de forma fácil. Acontece na hora certa e pelo motivo correto. No frigir dos ovos, é um belo filme, com um texto bem escrito e cenas mais no chão. Tarantino consegue de novo entregar um daqueles filmes que só ele sabe fazer.
NOTA: 9,0
NOTA: 9,0
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