Depois de um tempão resolvi assistir aos dois filmes de Rurouni Kenshin- ou como é chamado aqui, Samurai X. O primeiro longa me trouxe uma grata surpresa pela produção caprichada e pela boa caracterização assim como boas atuações. O segundo filme, O Inferno de Kyoto, conseguiu amadurecer essa vantagem e culmina com um terceiro filme, O Fim de Uma Lenda, de uma forma realmente digna de uma bela adaptação. Mas vamos por partes. O Inferno de Kyoto dá sequencia ao primeiro longa assim como no mangá (e anime) quando o vilão Shishio Makoto resolve por o caos no Japão. Para parar o ex-assassino da Era Meiji, o andarilho Kenshin Himura é contatado pelo governo para pôr fim nas chacinas de Shishio. O andarilho reluta um pouco, mas depois de presenciar as carnificinas causadas pelo criminoso, Kenshin acaba cedendo aos apelos e parte em busca do assassino. O longa segue de perto o que é feito no mangá, mas claro, traça atalhos mais simples para se chegar onde o mangá foi. E consegue fazer isso com muita competência! A trama tá toda lá, inclusive a luta dramática entre Kenshin e Sojiro que culmina numa nova transição de Kenshin. O que mais gostei foi das atuações comprometidas dos atores. Apesar de sim, estereotipar algumas cenas, tudo fica claro para produção que se está levando muito a sério, mas que é preciso trazer algumas "aloprações" do mangá para a telona e identificar de vez o personagem ao seu público sem menosprezar que não o conhece. Desde a fotografia até a trilha sonora, nota-se um acréscimo técnico apurado.
NOTA: 9,0
O terceiro filme, Samurai X: 3 O Fim de Uma Lenda, é um pouco mais econômico em seu enredo, mas ainda assim consegue o ritmo sem se deixar levar. Kenshin acaba encontra seu ex-mestre e busca com isso a técnica suprema para seu estilo de luta. Paralelo a isso, Shishio encurrala o governo local e coloca a policia contra o samurai errante, o que o deixa como alvo. É bem mais básico mesmo. As lutas continuam sangrentas, mas nesse terceiro filme o que era mais "pé no chão" nos dos primeiros, ganham sim um ar mais de anime, com lutas mais exageradas, mas é como falei na resenha do segundo filme: os produtores sabem que precisam agradar aos fãs e esse tipo de "luta aloprada" faz parte da comenda. No entanto, não estraga a diversão. Só achei a "luta final" meio exagerada, mas não compromete. Mas vale uns adendos. Alguns personagens logo ficam apagados. Por exemplo, Sanosuke e Yahiko são coadjuvantes de luxo que só enfeitam. No caso do "Sano" vai além. Seu personagem caricato demais acaba não casando com o filme- alias, com os filmes. É como uma peça colorida num quadro cinza. Mas vale um pequeno destaque para Kaoru. A atriz Emi Takei encarna bem a personagem. Bom... a parte técnica continua ótima. No frigir dos ovos, os dois filmes acabam sendo um único filme. O primeiro se torna mais independente, ainda que obviamente tenha ligações fortes. O Fim de Uma Lenda é um bom filme.
NOTA: 8,5
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