Tumba do Drácula Vol. #01, MSP Louco, Astro City Vol. #01, Crise Infinita Vol. #01, Batman- Filho do Demônio e Star Wars Clássicos Vol. #01 (Resenha Quadrinhos)
Resumão de resenhas das últimas coisas que andei lendo. Tumba do Drácula Vol. #01 da Panini Comics lançado em 2014- e sim, só fui ler agora. A edição impressa em offset está muito bem editada e casou com o formato. As HQs de Gerry Conway, Arche Goodwin, Gardner Fox e Gene Colan trazem o maléfico Conde Drácula à vida depois que um descendente do vampiro vai até a Transilvânia para transformar o castelo do conde em ponto turístico, mas o amigo ganancioso acaba despertando Drácula. Não tem muito o que falar... Escrito no começo dos anos de 1970, já trazia boas tramas e bons diálogos. Fiquei imaginando como essa HQ poderia ser boa, mas os roteiristas souberam dar motivação e foram criativos na hora de engendrar a trama. A arte de Colan casa perfeitamente. NOTA: 8,0
Louco- Fuga de Rogério Coelho para as Graphic MSP é mais uma daquelas HQs que ficaram com aquele gosto de "quero mais". Com sensibilidade e criatividade, Coelho trás uma HQ divertida ao mesmo tempo que emocionante- e que ainda homenageia seus companheiros de Graphic MSP. A trama é bem insólita e mostrando o personagem título em "fuga" de uma realidade que mais parece um sonho daqueles que a gente tenta correr, mas num sai do lugar. Essa HQ teve alguns pequenos percalços pelo que pude entender, afinal, não seria fácil vender esse produto, ainda mais pelo personagem não ser conhecido do grande público. Mas Rogério Coelho conseguiu cumprir a missão, nos trouxe mais uma obra daquelas pra ficar e com seu traço estilizado e cores fortes, imprimiu mais uma bela obra na sequencia de projeto bacana. NOTA: 9,5
Astro City Vol. #01- Vida na Cidade Grande é a volta de Astro City de Kurt Busiek, Brent Anderson e Alex Ross às bancas brasileiras. Já foi editada meio que a esmo por outras editoras. A HQ para que não conhece é sobre uma cidade cujo seus heróis são vistos de uma forma mais íntima. Assim como Busiek fez em Marvels da Marvel, aqui ele joga um olhar meio que dois ângulos: o do cidadão que precisa conviver com esses seres poderosos e suas querelas e os próprios super-heróis com seus problemas pessoais. Aqui somos apresentados a alguns deles- contrapartes de medalhões como Superman, Batman e Mulher-Maravilha e como eles convivem numa realidade mais crível- pelo menos dentro da proposta. Uma edição fantástica e pra sair da mesmice das coisas feitas pela Marvel e DC e suas sagas intermináveis. Ótima pedida! NOTA: 10
Eis aqui um encadernado que me surpreendeu positivamente: Crise Infinita- Batalha pelo Multiverso. Fora da cronologia atual da DC, essa HQ baseada num game de mesmo nome, mostra heróis da DC Comics tentando derrotar um vilão conhecido e perigoso. E o título de "Crise Infinita" não foi escolhido à toa, pois tem sim ligação com Crise nas Infinitas Terras, mas não está preso a cronologia atual da DC. Com o esse tema de existir várias "Terras", o roteirista Dan Abnett consegue sair das armadilhas que a editora se coloca ano após anos e entrega uma HQ divertida e sem amarras com essa realidade amarga e presente. Na trama alguns heróis de realidade diferentes se juntam para percorrer as dimensões para salvar as Terras de um vilão extremamente perigoso e que ameaça todas as realidades. Não é genial, mas é bem melhor que muita coisa feita hoje em dia dentro da DC. NOTA: 7,5
E pra você ver como essas HQs clássicas são realmente requisitadas pelos fãs e essa Batman- Filho do Demônio mostra bem porque. Sem frescuras e ou cheiro do "departamento estratégico", numa época onde os criadores tinham mais liberdade, a Graphic Novel de Mike W. Barr e Jerry Bingham volta a um tempo em que as HQs eram desenhadas no punho e coloridos no pincel mesmo. E que resultado lindo! O roteiro de Barr não é nenhuma pérola, mas é muito mais sóbrio e muito mais denso que muita coisa escrita hoje em formato tão pasteurizado. Batman não é um megalomaníaco dentro das "Trevas", mas um detetive que busca justiça. Bons tempos esse em que as HQs eram feitas para fãs e voltados para a Nona Arte mesmo com criatividade e objetividade. NOTA: 8,5
Já Star Wars- Vol. #01- Clássicos da Planeta deAgostini pega as HQs clássicas da Marvel lá de 1977 e adapta Uma Nova Esperança e dá continuidade preenchendo lacunas interessantes. Com roteiro de Roy Thomas, Don Glut, Archie Goodwin e nomes como Howard Chaykin, Rick Hoberg, Bill Wray, Frank Springer, Alan Kupperberg, Carmine Infantino e Terry Austin na arte, o primeiro volume mostra não apenas a adaptação do primeiro filme da trilogia clássica, mas preenche lacunas entre as passagens de tempo e dá continuidade bacana a sequencia que antecederá um pouco mais tarde de O Império Contra-Ataca. Os roteiristas tiveram cuidado e respeito ao conduzirem a trama, acrescentado inclusive alguns pontos interessantes dentro da trama original. Fiquei bem impressionado para um produto oriundo do marketing de um produto em ascensão na época de seu lançamento. Os criadores não quiseram apenas ganhar grana, quiseram realmente produzir algo legal. NOTA: 8,0
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