Boa tarde pessoal! Quanto tempo não posto aqui, haha! Enfim, espero ter algo a dizer quando venho postar no Bueiro. Hoje eu terminei de ler este belo livro em quadrinhos e só tenho coisas boas a dizer sobre ele. A princípio, estranhei a capa: cadê aquela roupinha clássica do malandro, que nos foi apresentado lá naquele desenho animado com o pato Donald e um colega mexicano nos anos quarenta? "Alô amigos" mostrava o Zé com aquele visual que, embora legal, não condiz muito com o que o brazuca vestia nos anos seguintes. Aqui, nas mãos do roteirista Ivan Saidenberg (paulista) e do desenhista Renato Canini (gaúcho), o personagem que começou como "Joe Carioca" virou realmente o "Zé" que deveria ser.
Quarenta e quatro HQs, em 350 páginas de acabamento luxuoso, nos levam aos anos 70 e à transformação do Joe no brasileiro Zé. A ideia da dupla de autores de mudar o visual dele faz todo o sentido do mundo, não só pelo estilo antiquado da vestimenta, mas pelo calor do lugar onde ele vive. E confesso que, no fim das contas, aprovei demais esta primeira mudança no visual do papagaio (anos depois fizeram umas mudanças moderninhas demais, a meu ver). Aqui e acolá ele ainda troca de roupa umas vezes, o que deixa ainda mais legal, principalmente quando ele vira o Morcego Verde, um super-heroi da favela, que não consegue esconder sua identidade de ninguém colocando óculos!
As divertidas HQs mostram Zé Carioca principalmente como o malandro preguiçoso que é, mas também como um personagem muito inventivo e criativo nos golpes fracassados que tenta aplicar pra conseguir uma grana fácil. Geralmente é seu grande amigo Nestor quem acaba pagando o pato (ou a conta) das malandragens do Zé. Também achei legal ver outros membros de sua família, seus primos Zé Jandaia (nordestino), Zé Queijinho (mineiro), Zé Paulista (workaholic) e Zé Gaúcho. Também tem o Tio, Coronel Zé do Engenho. Tem Zé pra todos os gostos neste apanhado: Zé carnavalesco, detetive, heroi, agente secreto, empresário... mas, principalmente, preguiçoso.
Tendo muitas outras coisas pra por em dia, e querendo fazer com que a leitura durasse o máximo possível, li apenas uma história por dia deste especial. Foi portanto um mês e meio de diversão com Zé Carioca, que eu não lia desde a infância, e posso dizer que foi muito bom reencontrá-lo. Recomendo muito este material! Nota 10, sem dúvida!
Até a próxima, galera!
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