Ms. Marvel vol. 1 • Nada Normal por G. Willow Wilson e Adrian Alphona. Quando li isso pela primeira vez eu fui imbuído do "hype" da época eu admito que fui com muita sede ao pote pra ler aquilo que todo mundo tava comentando como genial. Bem... Eu achei bom na época e só. Mas aí ainda comprei mais dois volumes, mas acabei encostando com os outros. Como resolvi ler todos, precisei reler o primeiro e novamente achei... Ok. Tem uma pegada meio que de Homem-Aranha dos anos de 1960 e de fato diverte. Sai do comum da época voltando ao "básico", mas não acho espetacular. Continuo achando bom, mas é só. O "problema" de trabalhos assim é que a mídia especializada precisa (ou quer) de vez enquanto criar uma obra genial pra poder falar. Talvez seja o caso de Ms. Marvel dessa versão. Volto a frisar que esse primeiro volume é sim legal, diverte e tal, mas é só. Já o trabalho de Alphona está diferente da época de Fugitivos, que pra mim era melhor. No entanto, esse traço mais "largado" combina com a trama. As cores seguem o traçado o que deixa todas as páginas mais orgânicas.
NOTA: 7,5
Ms. Marvel vol. 2 • Questões Mil por G. Willow Wilson, Jacob Wyatt e Adrian Alphona. Não achei tão ruim quanto foi pintado, mas também não melhorou em nada. Tá no mesmo nível "simples" do primeiro volume. Uma HQ comum, com uma pegada Marvel anos de 1980, mas atualizado pros dias de hoje e é bem por aí. Devo dizer que li com certo desinteresse, pois a trama às vezes é meio boba, com diálogos forçados ou emulados para serem mais do que são. Mas é um entretenimento pra se ler numa fila ou no ônibus a caminho do trabalho- que foi o que fiz. A arte de Wyatt tem aquela pegada de quadrinho indie, mas tem momentos bem ruins aqui. Ele entra por duas HQs só pra dar um descanso ao Alphona, que retorna pelo resto do encadernado. Mas cabe uma reflexão: a banalização da capa dura. Esse material saiu em versão cartonada e capa dura, mas como comprei online com um baita desconto (saiu mais barato que a cartonada), acabei pegando essa. Mas não vale uma capa dura aqui. Aliás, muita coisa hoje não vale. O "luxo" tornou-se comum e pra mim o termo perdeu força. Deixar um quadrinho como esse mais caro numa edição assim é besteira. Gosto das edições pomposas, mas hoje qualquer coisa sai com qualidade monstra e na maioria das vezes, num paga nem o papel. Uma editora que entendeu isso foi a Devir que lançou Paper Girls e The Boys em cartonado e deixou o luxo pra Saga e Incal, por exemplo. Quadrinho era pra ser barato e acessível até onde a economia brasileira permitir, mas hoje é justamente o contrário.
NOTA: 6,0
Ms. Marvel vol. 3 • Apaixonada por G. Willow Wilson com artes de Elmo Bondoc e Takeshi Miyazawa. E há uma HQ tapa-buraco da S.H.I.E.L.D. por Mark Waid e Humberto Ramos. Não tem muito o que falar. Nem fedeu e nem cheirou. Os três volumes pra mim estão no mesmo nível, sem muita evolução de nada, sendo que nesse terceiro não temos Adrian Alphona. Com isso a arte cai de qualidade e o encadernado parece ainda mais deslocado em seu formato capa dura. O sucesso disso nos Estados Unidos deve estar em torno do "tópico jovem e suas dúvidas, frustrações, etc." de que os americanos tanto gostam e que é comum a qualquer um de uma forma geral. Sendo uma garota paquistanesa num país com uma cultura viciada, torna essa nova Ms. Marvel atraente aos olhos da critica americana (de repente). Não achei um desastre, mas está muito- muito mesmo- longe de ser aquilo que pintaram. Os dois artistas de Ms. Marvel tem traços semelhantes e cheio de vícios ruins. Já Humberto Ramos deu uma boa melhorada na arte. A lembrança que tenho dos trabalhos dele não são as melhores. Concluindo tudo, é um quadrinho bom, que diverte por alguns momentos e que em alguns momentos sai do comum, mas genial como muita gente vinha dizendo, não mesmo.
NOTA: 5,0
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