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Thor: Ragnarok (resenha cinemas)


Eu nunca pensei que eu fosse assistir um filme do Thor nos cinemas dado o histórico dele até então nas telonas. O primeiro filme é "episódio piloto de seriado com grana" e o segundo admito que nem lembro direito. O problema dos dois primeiros filmes do Thor é que eu acho que nem os produtores acreditavam nele. Tentaram fazer um filme bom com pouca grana e um roteiros pasteurizados. Funcionou? Não mesmo! Então mudaram o status para o terceiro filme e contrataram um diretor com experiência em comédias e acabou funcionando, pro bem ou pro mal. Mas porquê? Se eu for olhar pelo lado fã, eu diria que o filme é uma piada sem graça do Thor, onde o deus do Trovão faz piadinhas ridículas, se porta como um comediante de sitcon e o roteiro cheio de buracos absurdos. Mas se eu olhar pelo lado "ah, foda-se", é um filme divertido, com muita ação e várias homenagens, que vão de Water Simonson, roteirista que praticamente montou a história mais lembrada do personagem, e também homenagens a Jack Kirby, com um visual que lembra muito a arte do Rei. Então eu liguei mesmo o "foda-se" e tive uma bela experiência na telona comendo pipoca e tomando refrigerante. 
O acerto do filme tá na produção bem sacada, diferente das duas outras produções que os produtores parece não se importar com os efeitos. Nesse terceiro, que é bem colorido, os efeitos estão melhores, as cenas de ação funcionam bem, os personagens tem interações às vezes deslocadas, mas no frigir dos ovos acaba sendo positivo, etc. Apesar da forte veia cômica do diretor Taika Waititi, acredito esse ter sido ingrediente que fez a diferença. Não é um filme fiel ao cânone do personagem, mas quando se fala de entretimento de massa, funciona muito bem. Claro que a Marvel e a Disney sabem que há uma legião de fãs de quadrinhos e do personagem que vão sim torcer o nariz, principalmente por essa forte puxada do humor- e é normal que fiquem- mas se pensar num público maior e no retorno financeiro, essa foi a melhor saída para um personagem que teve dois filmes medianos pra fracos no telona. Essa mudança "radical" de conduzir Thor foi que fez a diferença. 
Na trama Thor volta à Asgard e descobre que Loki aprontou uma das suas, ainda mais que ele estava supostamente morto. A verdade é que o deus da Mentira estava se passando por Odin e mandado o verdadeiro para a Terra sem memória. Isso deixa Thor possesso e o herói vai até Midgard buscar seu pai e tem revelações pragmáticas ao encontrar Hela (Cate Blanchett) que buscar conquistar Argard. Numa fuga os dois irmãos acabam em outra planeta e Thor é obrigado a lutar com Hulk, fazendo um "crossover" com o arco Planeta Hulk nos quadrinhos. A luta é muito divertida e cheia de ação! A presença de Jeff Goldblum como Grão Mestre merece destaque assim como Cate Blanchett como Hela- que está nas melhores passagens do filme. E cara... a cena dele girando o martelo como nos quadrinhos é espetacular! Enfim, bom filme, acima da média dos dois outros filme do Thor. Bom divertimento.

NOTA: 8,0

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