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Futebol pra quê te quero (TANGO!)...

Eu ia falar agora da Eurocopa (já que estive ausente) e do sucesso que esse campeonato foi. E só depois eu ia falar do Brasil nas olimpíadas, porque, inocentemente (sou um doce!) achei que o time brasileiro fosse pras finais (“inocentemente”). Então vou aproveitar e fazer um paralelo entre a Eurocopa e o futebol cansado do Brasil. Hoje a seleção (ou timeco de “estrelas”?) levou um chocolate da boa e velha Argentina (como diria o chato do Galvão Bueno). O time canarinho (piu) tava lá com os seus Stars Ronaldo “sou uma bolotinha” Gaúcho, Diego (pfff), Alexandre Pato (QUAC!) e mesmo assim se mostrou apático, sem criatividade e sem gás. Jogando na retranca, esperando uma bobeira e o que conseguiram? Conseguiram três bolas do “nosso lado”. Há tempos os selecionados pra jogar na nossa seleção não são jogadores. São apenas pessoas que ganham muito bem em clubes europeus e que vestem a camisa brasileira pra marcar o patriotismo de fachada. E isso é posto em xeque, independente de ser a seleção principal ou essa aí. Sei que tô meio que generalizando aqui, afinal, acredito que haja jogadores no nosso time de fato jogam pela camisa, mas vamos ser claros: o futebol brasileiro em seleção não presta. Há muito tempo! Estrelas demais. Nem vou citar os nomes dos gostosões. Critica-se muito o Dunga, e eu acho que de fato ele vem fazendo um trampo não muito louvável, mas mesmo antes dele a seleção já vinha de perna quebrada. Um futebol sem espírito. E é aqui venho fazer meu paralelo com a Eurocopa. Eu assisti praticamente todos os jogos (sim, quase todos) e notei um denominador comum: garra. E não apenas isso, mas uma forma de jogar arrojada. Nada de retranca. Nada de ficar ali esperando um erro. Se vier um erro, menos mal. Mas o que notei mesmo foi o jogo do ataca-ataca. Do tipo, a melhor defesa e é o ataque. Lembro que quando assistia os jogos, eu pensava cá com meus botões: “Se a nossa seleção pega um time europeu desses numa copa do mundo, é porrada na gente de criar bicho”. Me impressionou muito o condicionamento físico dos jogadores, coisa que valeu muito, pois nem todos tinham a habilidade necessária pra se fazer uma jogada individual, então, a aposta era a bola na frente, correr e chutão. Sem frescura. Sem ficar no toquezinho por ali, passando pra lá e pra cá. Não! Era jogo de atiradores francos. De muita raça! O futebol sul-americano geralmente é mais conhecido pela ginga, o que é bonito, mas o futebol apresentado na Eurocopa era um futebol cirúrgico. Com jogo corrido. Pra valer. E foi assim que me lembrei disso tudo enquanto assistia a Argentina passear no Brasil e o Diego “Armando uma parada” Maradona aplaudir feito um porco cheio de pó lá de sua confortável posição na bancada de honra.

O Brasil deve ganhar sempre? Seria bom. Mas sabemos que num dá pra sem sempre. Mas a questão é, se vamos levar uma sova, que seja pelo menos com garra. Se vamos perder, não perder apaticamente. Na Copa dos Campeões (Eurocopa) os times acreditavam até o último segundo, pau a pau. Não tinha bola perdida. Não tinha estrelas. Tinham-se seleções e jogadores dispostos a fazer sua bandeira tremular no lugar mais alto da competição. Temos que aceitar que o Brasil perca. Posso aceitar. Numa boa. Até pro hermanos lá. É só jogo. Um jogo. Mas como amante do bom futebol que sou, se meu time vai perder, que perca com raça e não ali desfilando e fazendo de conta que estão no esforço. Os jogadores do Brasil (sem querer generalizar de novo), daqui não parecem marrentos e sedentos por gols. Parecem mais preocupados com seus clubes europeus. Tempo bom foi quando tínhamos a dupla de ataque Romário e Bebeto, isso só pra citar os últimos raçudos de verdade. De lá pra cá, o que vemos são as estrelas que só brilham nos céus de outras paragens. E viva ao futebol europeu que sabe, mesmo sem tanta graça, fazer uma partida de futebol render de verdade.

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