
Bum! Bum! Bum! A festa mundial do esporte teve sua abertura oficial sexta (08/08) e foi toda de um cuidado que só os orientais têm. Olimpíadas 2008, na China chegou carregada não só pelo seu ar extremamente pesado de poluição, mas também por manifestos pró Tibet. Em um clima pra lá de incertezas sobre possíveis atentados, a festa correu muito bem e mostrou um pouco daquilo que pouca gente no mundo viu: uma China aberta às pessoas. Uma China querendo dizer “Olá”. Todo mundo sabe que o país viveu, e de certa forma, ainda vive, uma série de restrições internas em relação ao resto do mundo. Apenas agora, alguns anos atrás, é que o país mais populoso do mundo resolveu abrir suas portas e sair de um regime “comunista”, para algo em torno do capitalista, mesmo que sendo de maneira beeem desigual. Os duros regimes que assolaram o lugar deixam a China submersa em si mesma, apenas aspirando pelas brechas do planeta. Bem... hoje, bem verdade, a história é outra. A China é o que chamam hoje de “celeiro do mundo”, não é bem esse termo, mas é algo assim, fazendo analogia à grande produção de mão de obra na terra dos “amarelinhos”. A China é hoje o país onde se encontra o menor valor por mão de obra. O que é muito lucrativo para as grandes indústrias e o que faz com que muitas delas se instalem por lá.

Mas nada disso importa nesse momento. Apenas a festança que é as Olimpíadas. Aquela que será muito mais acompanhada de perto pela facilidade com as pessoas tem acesso à internet. Tudo será visto de perto e em tempo real em todas as suas nuances. A abertura sexta, teve todo o ritual comprido à risca, com um inicio com muitas danças e fogos, seguido da loooooonga apresentação das comitivas dos países que estão participando, o que durou, sei lá... umas duas horas, acho. Admito que isso é chato. Mas depois veio os finalmente. Eu estava mesmo era esperando que acendessem a pira. Isso que é legal. Então eu esperei um blá-blá-blá de praxe do presidente da China e do presidente da organização do evento olímpico. Houve um hino e depois a bandeira, aquela com cinco arcos entrelaçados que representa que, com suas cinco cores básicas, pelo menos uma delas estará em alguma bandeira de algum país. Bastante justo. Ela foi hasteada junto com o hino, claro. E aí apareceu a tocha sendo carregada de mão em mão por vários atletas famosos chineses cujo os nomes eu num sei nem me colocando de bunda pra cima.

Então, o tiozinho, o último que ficou com a tocha, voou. Isso mesmo! O cara ficou pindurado por cordas de aço e depois, correu pelas bordas do Ninho do Pássaro, como é chamado o local onde se deu a festa do oba-oba! Meu... o cara parece que saiu do filme o Tigre e o Dragão! Foi uma coisa muito bonita e emocionante de se ver. No final, depois de correr toda a borda, ele ateou fogo num “pavio” enorme, que explodiu e levou o a chama ao seu ponto mais alto, dando assim por aberta oficialmente os jogos olímpicos. Nesses jogos esquecemos ou pelo menos devemos esquecer... aliás, lembrar, que somos todos iguais. Que podemos sim conviver juntos. Não existe essa porra de cor, raça, credo... o que existe somos nós. As olimpíadas, que quando criada pelos gregos, era como que um feito ao corpo e a estética, hoje na minha cabeça é um algo muito maior. São vários países formando uma Torre de Babel saudável. Competindo e dando o melhor si. Demonstrando que muitas barreiras só estão cravadas nas mentalidades pequenas e arrogantes de seus governantes. Que esses 16 dias de jogos sejam produtivos. Que se façam valer. E que o Brasil traga alguma medalha. Mas se num trouxer, já estando lá vale muito. Alí só estão os melhores, porra! Se nossos atletas estão lá, é porque são os melhores. Seja como for.

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