Pular para o conteúdo principal

Geoff Johns fala merda!

Eu gosto muito dos trabalhos de Geoff Johns, ou pelo menos gostava. Os últimos trampos dele que li via “scans” em The New 52 são de uma sonolência só. Dá pra ler numa cagada simples. Eu até havia comentado sobre isso quando comecei a resenhar essa nova série, achando que Johns estava muito econômico nos textos, e mais visual. Agora entendi porque. Em entrevista o roteirista diz que está adaptando seus textos para serem lidos nos tablets, pois sabe que visualmente que os quadrinhos são lidos quase que quadro a quadro, dependendo do tamanho da tela do seu produto. Como existem tablets de todas as polegadas, muito gente tem lido quadrinhos realmente quadro a quadro e visualizando uma de cada vez. Johns defende que a diagramação de seus quadrinhos agora vão atender a essa nova “classe” de leitores e que está tentando consolidar as duas coisas ao mesmo tempo, mas o fato é que depois dessa declaração notei que minhas observações estavam certas e seus quadrinhos cheios de referencias clássicas, e bons textos, se tornaram enfadonhas, rápidas e dispensáveis.

O motivo está nessa nova “tendência” que Johns está tentando criar. O que ele fala faz algum sentido, mas não dá pra fazer as duas coisas. São duas mídias distintas e em formatos distintos. Teria que criar duas HQs para cada formato, o que seria ruim. A queda da criação de Johns está nesse pensamento, agora tudo se explica. O cara escreve pensando em como os leitores dos tablets vão ler, cria tudo para absorção visual e compromete o enredo da HQ. Desculpa, mas Liga da Justiça de Johns e Jim Lee é um blockbuster de Michael Bay e Aquaman não tem nem de longe a mesma genialidade de Lanterna Verde de alguns anos atrás. Até este último está “rapidinho”, mas pelo menos aqui ele não perdeu tanto a mão. Não tanto. Vai entender.

Comentários