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Walking Dead 2º Temporada- Parte I

A segunda temporada de Walking Dead foi dividida entre o final do ano de 2011 (com sete episódios) e o restante dos 13 para o começo de 2012 (em fevereiro, na verdade). Então vamos analisar esses primeiros episódios. O fato do produtor Frank Darabont (diretor de filmes como Sonho de Liberdade) ter deixado o programa pesou muito. A série que tinha um ar cinematográfico ficou com cara de "seriado comum", ainda que com uma produção acima da média, mas no mesmo nível- tomando por base- de Lost- que era bem produzido! Se a primeira temporada foi explosiva a segunda deu uma tremenda freada. A pendenga é a seguinte: de acordo com os contratos para a primeira temporada Darabont escreveria o piloto e dirigiria e cuidaria da série nessa primeira etapa passando o bastão adiante Charles Eglee quando Darabont resolveu permanecer no cargo de produtor principal- Eglee era o segundo em comando e com beicinho saiu do programa. Com os nervos acirrados a AMC chamou Glen Mazzara que já tinha escrito episódio na primeira temporada e de acordo com Darabont é o roteirista cabeça da série (balela). Glen assume, Darabont sai e permanece como executivo, mas o programa fica entregue a outros produtores (com Mazzara como principal) e o resultado real é: que Walking Dead simplesmente virou um mingau da primeira temporada, a ação foi cortada vertiginosamente- e é sentida nesses sete primeiros episódios, que ficou mais “drama familiar” que uma série sobre zumbis.
A série começa do ponto onde a primeira temporada acabou, com Rick e se grupo saindo de Atlanta. Aqui o programa se desloca consideravelmente da versão em quadrinhos tomando várias variantes que não estão no original. Basta dizer que alguns personagens que não deveriam morrer acabaram mortos em contra partida aos quadrinhos. Quem leu os gibis sabe do que estou falando, mas entre a primeira temporada e a segunda alguns personagens deveriam estar vivos e alguns deveriam estar mortos, e acontece justamente o contrário. O reinicio da série mostra principalmente o grupo toda atrás de Sophia filha de Carol que sumiu! Os sete primeiros episódios são apenas isso basicamente, claro que há alguns agravantes como o acidente com Carl, filho de Rick que os coloca na fazenda de Hershel, um veterinário que cuida de um pequeno grupo de familiares em sua fazenda. Todos montam acampamento, brigam muito entre si em discussões afobadas, algum drama aqui e ali, mas zumbi que é bom, aparece pouco. A trama é bem essa mesma: o grupo acha um local seguro para se estabelecer enquanto procuram Sophia ao mesmo tempo que cuidam do filho de Rick e tentam convencer Hershel a ficarem na sua fazenda. Infelizmente é como eu falei no começo, a série perdeu (muito) pique da primeira para a segunda temporada. Não foi ruim, totalmente ruim, mas se comparada a primeira, deixou a desejar.
Frank Darabont recentemente deu uma espécie de entrevista que queimou muito feio para a AMC e para os produtores responsáveis. A ideia de Frank de cara era começar com uma invasão de mortos-vivos a Atlanta mostrando o exército sendo dominado por um rebanho de zumbis para só então, começar e interligar as histórias. Os fãs ficaram em polvorosos com a ideia que não aconteceu, o que gerou um certo mal estar aos produtores atuais e a AMC- canal executivo da série que banca e transmite o programa. A emissora na verdade resolveu corta custos e o resultado foi essa primeira parte da segunda temporada bem morna. Mas nem tudo está perdido aqui. Como eu disse, não foi um completo desastre. Não ruim ao extremo ou coisa assim. Ainda está bem produzido, bem feito, os atores estão fazendo muito bem seus papeis, só que o ritmo é que está desacelerado e depois do que Darabont falou, a coisa ficou ainda mais estranha para o lado dos produtores e canal. No entanto, o último capitulo no finalzinho, é fantástico. Muito bom mesmo! Se mantivesse esse caminho na segunda etapa, volta a ser fodão. Só vendo. A segunda temporada tem reinicio dia 12 de fevereiro lá fora.

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