Sabe aqueles filmes melosos de romance adolescente que levam milhares de menininhas sonhadoras para o cinema e vira piada entre muitos? Bom, A Culpa é das Estrelas não é um deles. Ao contrário de produções suspirantes como Crepúsculo, o longa baseado no livro homônimo de John Green é sóbrio e consistente, e não toma o dramalhão romântico como base para a fita- como o meloso Um Amor para Recordar de 2002 (que tem uma premissa parecida com A Culpa é das Estrelas, mas bem mexicano). Sem delongas: o filme coloca Hazel Grace (Shailene Woodley) e Augustus Waters (Ansel Elgort), ambos com câncer, em sintonia. O romance dos pombinhos segue em ritmo natural, sem atropelos, usando o tempo dos dois personagens frente a suas respectivas limitações. Muito bem filmado por Josh Boone e bem escrito por Scott Neustadter e Michael H. Weber, em momento nenhum o filme torna-se uma paródia do seguimento, mas ainda com alguns clichês que são a base para filmes do tipo e até normais na vida real. Não sei se é um filme emotivo pra fazer chorar- acredito que não, apesar das condições- mas é um filme longo com ações que poderiam ter sido abreviadas em nome da dinâmica. Nada tão arrastado como Azul é a Cor mais Quente e suas longas passagens de gente comendo de boca aberta, mas com certeza a produção poderia ter agilizado mais a fita. Bom filme que foge do pastelão romântico, ainda que tenha clichês do gênero, fórmula mais do que usada na ficção. Não li o livro, mas acredito que deva agradar os fãs e atrair novos para o Best-Seller.
Nota: 7.5
Nota: 7.5
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