Se tem uma coisa que Mark Millar sabe fazer é isso: quadrinhos do tipo Blockbuster! Quadrinhos que parecem filmes anabolizados, como os filmes de Michael Bay, mas com cérebro. Seus sucessos como Kick-Ass, Nêmeses e Os Supremos mostra bem isso. E em Superior não é muito diferente. Com arte de Leinil Yu, a HQ mostra um garoto de 12 anos que tem esclerose múltipla ser contemplado com um desejo por um ser mistico na figura de um macaco em roupas de astronauta (!). O garoto quer ser um super-herói. Um que ele idolatrasse e Superior, uma espécie de Superman, foi o escolhido. Levando esse desejo para a realidade, Millar coloca hipoteticamente o que aconteceria se algo assim um dia acontecesse. No meio de resgates e serviços humanitários, o jovem garoto preso no corpo de um herói fictício experimenta a sensação de liberdade e de poder ajudar as pessoas como nunca imaginou e deixou sua doença degenerativa para trás, no entanto, tudo tem seu preço e alguns valores são altos. Falar mais seria estragar a pequena reviravolta. Millar tem fama de ser um bom roteirista, mas também tem a fama de não saber finalizar uma série. Isso até eu já tinha percebido! Quem já leu Nêmeses e O Procurado deve ter sacado. Em Superior não é muito diferente, mas há uma boa homenagem no derradeiro capitulo final. É uma boa HQ que visa sim ser levado aos cinemas como a maioria das obras de Millar, mas é um material com ótimas homenagens aos quadrinhos da Era de Prata e a arte de Yu casa perfeitamente com o texto de Millar. A Panini fez novamente um bom trabalho gráfico e de qualidade.
Nota 8,5
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