Grant Morrison é um cara engenhoso. Gosta de fazer HQs estranhas, cheias de situações bizarras. Nessa fase Morrison estava se divertindo pra cacete! Desde que o escritor adotou o Batman como seu personagem, o roteirista vinha fazendo um verdadeiro samba do crioulo doido. Primeiro tirou o clima "TPM" do Batman, que convenhamos, tava ficando chato demais. O cara era tão sombrio, tão sombrio, que eu tava vendo a hora o herói se matar de tão escroto que tava. Morrison tirou essa papagaiada todo e o transformou num personagem mais claro, mais dinâmico e até divertido, sem fazê-lo perder sua inteligência, sua sagacidade e sua capacidade detetivesca. Não li muitas HQ da fase do Morrison em Batman propriamente dito, mas pude pegar um pouco de Batman & Robin e por completo, Corporação Batman. E foi neste último que me divertir nos últimos dias, pois me faltava a edição #02 e finalmente consegui. Não contei pipoco e devorei as quatro edições que compõem os arcos. Indo direto ao prato, Morrison fez um jogo genioso aqui. Construiu uma corporação de Batmen (no plural) e ainda assim resgatou personagens, criou intrigas, adotou a Bat-Vaca e trouxe ao universo do Homem Morcego história cheias de ação, mistério e descobertas. Uma série muito boa que vale o investimento. A Panini Comics prometeu ainda para este ano o encadernado de Batman & Robin, mas duvido que a editora dos atrasos consiga fazer isso... pelo menos não neste ano.
Nota: 9,0
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