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Hellblazer: Infernal – Vol 1- Hábitos Perigosos (resenha)

Eu não cresci nos anos de 1990 lendo Vertigo e Hellblazer pra mim era apenas uma criação bem criticada ao longo dos anos. Meu primeiro contato com Constantine acho que foi lá em 2000 ou 2001 com algumas HQs que eram lançadas em bancas por editoras que mudavam de nome como mulher muda de roupa antes de ir a algum lugar (sem sexismo, por favor). Admito que o primeiro contato foi broxante, pois peguei o personagem em uma fase-sei-lá-qual e então deixei de lado. Apenas anos mais tarde eu comprei alguns arcos que saiam pela Pixel Editora e pude me aprofundar mais nesse ótimo personagem- que foi criado lá dentro da revista do Monstro do Pântano durante a passagem de Alan Moore pela publicação. Hoje pra mim Constantine é um dos personagens mais bacanas dos quadrinhos- pelo menos enquanto estava no selo Vertigo e ter suas HQs reimpressas por arcos e fases é muito gratificante. Depois que a Panini lançou a fase do começo do personagem em Origens (em seus volumes que ainda não comentei), é a vez da fase seguinte com Garth Ennis no comando.

 De cara o roteirista sacode a vida do mago lhe dando um câncer nos pulmões e o jogando numa verdadeira luta pela sobrevivência de forma tensa e afobada. No enrendo Constantine descobre que anos de cigarro podem matar e começa uma jornada contra o tempo para se salvar, mas a doença além de estar em estado terminal, faz com que ele perceba as duras penas que não se cura com uma aspirina. O personagem visita velhos amigos, família, tece todo um clima dramático, mas não piegas e por fim resolve fazer das suas quando... bem... pra quem não leu não seria interessante entregar o ouro assim, mas pra quem assistiu ao filme com Keanu Reeves deve saber mais ou menos como isso termina- mas de uma forma muito mais bacana. Ennis é um roteirista genial, soube agarrar a oportunidade quando lhe foi dada e apresentou uma HQ forte, cheia de força e sim, muita "filhadaputice" como é de costume do personagem. Todo o ambiente formado é denso e te deixa preso à leitura até o final. A arte de Will Simpson pesa bem entre as horas mais tensas e as cenas mais drásticas- é o tipo de arte que complementa o roteiro e não passa por cima. Um material para se ter em casa sem dúvidas e um dos melhores do gênero. 

Nota: 9,0

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