Tales From Earthsea (Contos Terramar)
Primeiro filme de Goro Miyazaki, filho da lenda viva Hayao Miyazaki (Meu Vizinho Totoro) pode não ser um primor de enredo, mas é uma bela animação sim, apesar de algumas críticas mornas que andou recebendo. Como eu tô me fudendo pra criticas dos “grandes”, eu resolvi assistir e não me arrependi em nada. Tinha assistido em 2009 num pequeno festival de animação japonesa. O fato é que Contos Terramar é uma história de aventura e ação quase “RPGista”. Temos o herói, o mago, a bruxa malvada e até uma mocinha/avatar. Pode parecer meio simplista, mas sinto falta desse tipo de conto mais direto, invés de enredos intricados dotados de megalomania. Na história temos o príncipe Arren que está em conflito consigo mesmo e percorre as terras em busca de encontrar seu verdadeiro eu, mesmo que desequilibrado. Sem muito sucesso, o mago Sparrowhawk entra em sua história, e no melhor estilo Gandalf, some e aparece para ajudar o jovem príncipe. A história é baseada no livro de contos escritos por Ursula K. Le Guin. A animação do Estúdio Ghibli dispensa comentários afobados de um fã. Com cenas grandes, cenários bem amarrados e com uma mistura simbiótica entre o tradicional e um pouco de CGI, Contos Terramar pode surgir como uma aventura de uma tarde de domingo.
Wonderful Boys (Sky Blue)
Animação coreana me impressionou bastante, não apenas pela animação, mas pelo bom enredo também. Aqui num futuro negro temos um mundo devastado pela poluição (até aí nada demais), mas o que foi o fim para muitos, é na verdade o que mantém a única e prospera cidade de ECOBAN de pé. Aqui seus governantes tiram suas fontes de energia da poluição (!) e procuram poluir cada vez mais o que resta do mundo não poluído, incluindo aí uma parcela dos mares. Mas claro que a ECOBAN tem inimigos e os Marrians (de uma cidade chamada MARR) são usados em sua grande maioria como escravos, o que fez surgir alguns insurgentes que tentam acabar com a ECOBAN, que mantém o céu sempre escuro por conta da poluição. A animação mostra um futuro não tão improvável, com os que podem mais sujando e se valendo disso para galgar status e os que não podem nada retalhados. Mas não vá achando que o filme é apenas uma ode ao meio-ambiente. Os personagens têm boas motivações, o pequeno romance (um triangulo amoroso) não soa mexicano e os diálogos não são exagerados e exarcebados como na maioria das animações japonesas. É um filme de ação e ficção animado. E que animação! Misturando animação tradicional nos personagens e computação gráfica nos cenários e maquinários, o diretor Kim Moon Saeng mostra que tem completo domínio sobre seu trabalho e que sabe conta uma história de amor e ação voltados para a importância de nosso eco sistema. Um aplauso para o filme. Vale a conferida.
Primeiro filme de Goro Miyazaki, filho da lenda viva Hayao Miyazaki (Meu Vizinho Totoro) pode não ser um primor de enredo, mas é uma bela animação sim, apesar de algumas críticas mornas que andou recebendo. Como eu tô me fudendo pra criticas dos “grandes”, eu resolvi assistir e não me arrependi em nada. Tinha assistido em 2009 num pequeno festival de animação japonesa. O fato é que Contos Terramar é uma história de aventura e ação quase “RPGista”. Temos o herói, o mago, a bruxa malvada e até uma mocinha/avatar. Pode parecer meio simplista, mas sinto falta desse tipo de conto mais direto, invés de enredos intricados dotados de megalomania. Na história temos o príncipe Arren que está em conflito consigo mesmo e percorre as terras em busca de encontrar seu verdadeiro eu, mesmo que desequilibrado. Sem muito sucesso, o mago Sparrowhawk entra em sua história, e no melhor estilo Gandalf, some e aparece para ajudar o jovem príncipe. A história é baseada no livro de contos escritos por Ursula K. Le Guin. A animação do Estúdio Ghibli dispensa comentários afobados de um fã. Com cenas grandes, cenários bem amarrados e com uma mistura simbiótica entre o tradicional e um pouco de CGI, Contos Terramar pode surgir como uma aventura de uma tarde de domingo.
Wonderful Boys (Sky Blue)
Animação coreana me impressionou bastante, não apenas pela animação, mas pelo bom enredo também. Aqui num futuro negro temos um mundo devastado pela poluição (até aí nada demais), mas o que foi o fim para muitos, é na verdade o que mantém a única e prospera cidade de ECOBAN de pé. Aqui seus governantes tiram suas fontes de energia da poluição (!) e procuram poluir cada vez mais o que resta do mundo não poluído, incluindo aí uma parcela dos mares. Mas claro que a ECOBAN tem inimigos e os Marrians (de uma cidade chamada MARR) são usados em sua grande maioria como escravos, o que fez surgir alguns insurgentes que tentam acabar com a ECOBAN, que mantém o céu sempre escuro por conta da poluição. A animação mostra um futuro não tão improvável, com os que podem mais sujando e se valendo disso para galgar status e os que não podem nada retalhados. Mas não vá achando que o filme é apenas uma ode ao meio-ambiente. Os personagens têm boas motivações, o pequeno romance (um triangulo amoroso) não soa mexicano e os diálogos não são exagerados e exarcebados como na maioria das animações japonesas. É um filme de ação e ficção animado. E que animação! Misturando animação tradicional nos personagens e computação gráfica nos cenários e maquinários, o diretor Kim Moon Saeng mostra que tem completo domínio sobre seu trabalho e que sabe conta uma história de amor e ação voltados para a importância de nosso eco sistema. Um aplauso para o filme. Vale a conferida.
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