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Panini e sua tradução polemica

Esse final de semana os fóruns sobre quadrinhos esquentaram. Tudo por conta de uma tradução aparentemente equivocada de Fernando Lopes, o primeiro editor dos títulos Marvel no Brasil pela Panini Comics. O infeliz acontecido se deu por conta da tradução de uma palavra na revista Batman #98 (de janeiro desse ano) onde um personagem se refere a um meliante assim: "E o maldito petralha tem o dia todo para desfraldar seus impropérios...". A palavra “Nasty” usada por Grant Morrison no roteiro original pode ser traduzida de diversas formas como porco, fedorento, sujo, e adjetivos de baixo calão. O fato é que o tradutor escolheu a palavra “Petralha” que foi criada (é um neologismo) pelo pseudo-jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da famigerada revista Veja. Só em ele ser da Veja já dá pra ver o nível do cidadão. Mas isso não vem ao caso. O “jornalista” uniu as palavras “Petistas” e “Irmãos Metralhas” na palavra “Petralhas”, para insinuar que os Petistas são ladrões. E isso virou uma guerra política dentro dos quadrinhos em tese.

A primeira merda no ventilador veio de um usuário chamado Flávio (sem mais detalhes) do fórum Miolos que levantou a questão. Depois o site Multiverso DC resolveu criar um texto mais apurado do caso e chegou no site Melhores do Mundo onde Márcio Borges, diretor comercial da Panini, comentou a polemica estupidamente assim: "A Panini considera o termo 'petralha' como uma gíria que vem se popularizando no Brasil, e independente da origem do termo, não é mais utilizado no linguajar popular apenas com conotação política, mas como sinônimos para asqueroso, nojento etc. A empresa ressalta que não tem qualquer intenção de utilizar seus produtos editoriais de entretenimento para fins políticos.". O site Universo HQ também deu atenção à comenda, assim como o blog do jornalista político Luiz Nassif em que Maria Utt colocou ainda mais calor nessa "confusão".

Eu arroto agora ou peido depois? Não existe nenhuma justificativa para o termo “Petralha” ter sido usado. Na verdade, eu nem conhecia esse termo. Aliás, ninguém que eu conheça conhece esse termo. No sul ele pode ser difundido, mas no resto do Brasil não. E um tradutor de vergonha tem que saber que está vendendo seu produto para o Brasil todo e não para um nicho de babacas. Eu tô cagando pro PT. E tô cagando mais ainda para o elitismo do PSDB, que quando esteve no governo roubou que o cu bateu palmas, assim como muita gente do PT também roubou que o suvaco cagou. Mas pelo menos o PT estabilizou o país e fez os pobres terem vez, coisa que o PSDB nunca fez, deixando o pobre se fuder e o rico fuder o pobre. Essa é a verdade, mas quem quer encarar? O PT é uma bosta, e o PSDB é uma fossa. Um depende do outro. Ainda assim não é o caso. O termo “Petralha” foi uma tremenda duma burrice. O babaca do elitizado Reinaldo Azevedo defende que o termo já foi anexado no Grande Dicionário Sacconi e eu digo: e eu com isso? Essa não é questão, mas sim a forma como a palavra foi aplicada numa tradução tão simples e com tantas opções. O tradutor escolheu a menos difundida e menos popular, sendo específico até na termologia. Ele QUIS dizer SIM que o no PT só tem ladrão. Com tantas opções, escolher essa, meu velho, é pedir pra sentar no penico.

A bola fora queima a republicadora Panini Comics num contexto geral. Os gibis não são meio de fomentação de discussão de política interna, ainda mais a revista em questão sendo estrangeira. Porra, se até eu que sou um asno sei disso, porque esse cagão cara de rosca arrombada num sabe? Ele é burro ou só fica assim quando chupa um limão? Voltou a repetir: dane-se o PT e o PSDB, mas meus gibis não são para politicagem picareta. Ele como profissional deveria saber disso. Apesar do bom trabalho da Panini trazendo as revistas estrangeiras para o Brasil, vez por outra uma grande parcela de leitores estão insatisfeitos com o trabalho inconstante dos editores da Mythos, que é quem comanda as revistas da Panini no país. Tá faltando um arrocho de alguém lá de cima, pois nos bastidores os editores da Panini aqui vêm fazendo um trabalho à margem da porcaria.

Comentários

Anderson ANDF disse…
Como eu postei (algo parecido)no blog CHAMANDO SUPERAMIGOS:
No fim das contas, com politicagem ou não, com ou sem as tais gírias "abrasileiradas", o que importa pra esses "editores/republicadores", não é "só" a disseminação de uma cultura em massa e sim, a "eterna luta contra concorrentes e sua mudanças de preço e formato revolucionários".
E quem se "futrica", são muitos leitores. Depois, que eles não venham choramingar dizendo que as hqs não andam sendo "elitizadas".
NÉ?!