Fita Cassete de áudio, tempos bons de dor de cabeça

Hoje a gente tem a porra de um arquivo em MP3 e suas variadas atualizações para nos provirmos de musicas diversas. Na verdade, ficou muito, mas muito mais cômodo. Mas entre a década de 1960 e até meados da década de 1980, o cassetes reinaram para os amantes de musicas. Não só porque era mais barato que um vinil (disco), mas porque você podia gravar suas musicas favoritas da rádios ou até mesmo andar por ai carregando um portátil como um Walkman. É verdade que a qualidade das musicas eram inferior ao disco em relação a rotação, mas a comodidade era tamanha que facilitava bastante. Eu podia fazer a minha seleção de musicas tiradas das rádios. Como não existia a Internet que conhecemos hoje e nem MP3 para baixar, o jeito era colocar na sua rádio favorita e esperar. Valia até ligar para a rádio e pedir a musica, aí cê ficava esperando ela tocar e gravava. O foda é que às vezes vinha com vinheta e tudo. Hahahaha! Ou nem tocava toda. Mas pelo menos dava pra gravar por cima, o que claro, diminuía ainda mais a qualidade do áudio.

No entanto, existiam diversas dores de cabeça. Às vezes essa porra enrolava dentro do cassete player e era uma merda. Mastigava a fita, se perdia musicas, às vezes ela desmagnetizava e você perdia tudo (isso era mais raro de acontecer). Era comum a fita estragar com o tempo. Mas era a única forma de ter musica selecionadas umas três décadas atrás. Uma vez viajem para um interior aqui do Ceará e era umas 4 horas de viajem de ônibus. Me preparei todo, já que não me agradava passar esse tempo todo vendo mato passar pela janela, por mais que eu goste. Comprei pilhas e gravei uma musicas para que eu fosse escutando até lá (que falta fez um MP4 nisso). Liguei meu Walkman e mal sai de Fortaleza as pilhas já foram ficando fracas e de repente parou. Acho que é porque eu ficava voltando a musica que eu gostava o tempo todo. Hahahaha! Pior: meu primo que estava comigo me emprestou umas pilhas novas e eu todo feliz. Raios do cu de Júpiter! A fita enganchou e ficou toda mastigada. Resultado: fiquei cheirando limão (!) a viagem toda para num vomitar. Depois os CDs vieram para dar uma queda forte nas fitas. O golpe de misericórdia foram os MP3.