É impossível negar que os quadrinhos brasileiros cada vez mais ganham a Internet em diversos formatos, quer seja para leitura online ou download. Com o mercado que temos, a (melhor) saída encontrada pelos artistas nacionais foi mesmo o mundo virtual, o que se tornou uma arma muito frutífera em alguns bons casos. Lembro que até alguns 5 ou 6 anos atrás o artista nacional ainda estava engatinhando nesse campo, com iniciativas tímidas. Hoje com tantas facilidades que temos, o quadrinho na Internet para leitura no computador ficou mais simples, fácil e acessível. Eu particularmente não gosto de quadrinhos para se ler na tela de um computador (por questões de comodidade mesmo). Acho enfadonho, mas não se pode negar que essa ferramenta é muito útil para o artista nacional que não tem vez dentro do mercado interno, inflamado pelo material estrangeiro. Claro que esse não é o único fator, não sou tão burro assim. A qualidade do quadrinho nacional ainda carece de melhorar, não apenas no quesito roteiro, mas também no quesito personalidade.
Isso afasta possíveis investimentos em material “sólido” e relega o quadrinho brasileiro ao mercado virtual. Se por um lado os quadrinhos no papel não acontecem como deveriam, na rede o material daquele artista pode ganhar não apenas o Brasil, mas o mundo! É uma janela infinita para muitas possibilidades. Alguns quadrinhos brasileiros conseguiram migrar do virtual para álbuns por editoras pequenas que apostam nesse pequeno contingente. Todo criador de quadrinhos, claro, quer ver seu material impresso, no entanto, enxerga no quadrinho para leitura na tela do computador uma saída propicia para mostrar que tem potencial. Fora outras possibilidades cômodas como colorir a HQ, já que muitas produções independentes lançam suas revistas com miolo preto e branco por conta do alto custo de páginas coloridas, problema esse que na leitura online não há.
Hoje muitos sites e blogs disponibilizam material para leitura online. É importante que esse tipo de iniciativa ganhe adeptos. Eu já falei aqui várias vezes que não gosto de ler quadrinhos na tela do PC (pelos motivos que já elucidei), mas reconheço a importância desse tipo de quadrinhos. Sempre que possível vou tentar divulgar material online aqui e sites e blogs que lidam com os quadrinhos desse seguimento. Ainda não é um mercado firme, mas ganha força. Lá fora a venda de quadrinhos digitais para plataformas como tablets tem causando discussões afobadas, principalmente com os lojistas de material em papel, mas é inegável que é um formato que veio para ficar e tomará uma parcela do publico com o tempo. Eu ainda não tenho planos imediatos para “migrar” para esse formato, mas tenho algumas ideias que estão amadurecendo, para que se criei um formato que me agrade e que não venha contra aquilo que acredito.
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