Essa Lei já virou lenda, sobre o Incentivo da produção de quadrinhos no Brasil. A Lei é clara: ela é voltada para a fomentação de um mercado interno no Brasil de quadrinhos de forma profissional e consistente. Você poderá ler tudo a respeito AQUI, onde terá todas as informações competentes sobre o assunto, mas vale ressaltar alguns pontos dessa comenda. O primeiro deles é a “obrigatoriedade” das editoras que editam material estrangeiro reservar 20% de seu catálogo a criação de quadrinhos tipicamente brasileiros. Será uma coisa gradativa a ser dividido em três anos. As editoras terão que selecionar material para pertencer a seu selo e com isso, criar um mercado interno vigente, e não esporádico. Caso essa Lei seja aprovada, vai começar uma “batalha” sobre que tipo de material editar. Como já falei antes, temos grandes artistas, mas no campo do roteiro ainda precisamos melhorar.
E o que vende não é só o desenho bonito. Já tivemos grandes quadrinhos em bancas com “desenhos bonitos”, coloridos... mas com, desculpa o termo, roteiros idiotas. Mas os tempos agora são outros e eu mesmo conheço uma pancada de bons roteiristas, oriundos de fanzines e webcomics. Mas a Panini, por exemplo, não vai querer apostar em algo como UFO Team, certo? Estou só usando um exemplo geral de que tipo de material não será vendido pela qualidade contextual. A Lei precisará arrumar uma forma de ver o que pode ser comercial e rentável para a editora, quer seja com concursos ou até mesmo a formação de profissionais na área. Não pode ser apenas “venda material brasileiro” independente do que for. Tem que existir qualidade média de texto e arte. É um produto que merece qualidade ou estaremos criando um mercado míope e cheio de prejuízos para todos os lados, quer seja do lado das editoras, quer seja do lado do criador, que terá portas se fechando pra ele e para tantos outros, pois o mercado vira de risco. Outra pauta que tem que ser observado é que os quadrinhos feitos por brasileiros devem ser tipicamente ligados ao Brasil, mesmo que se passe na Inglaterra (dê seus pulos).
Os títulos precisam ser em Português, os personagens precisam ser tipicamente brasileiros com nomes nacionais, as cidades precisam ser ilustradas com base em nossa arquitetura e não (comumente) nas arquiteturas estadunidenses e sempre preservando a cultura local de cada região, mesmo que seja uma fantasia, uma HQ policial, uma ficção científica, super-heróis, etc., mas precisa ter características brasileiras. É uma boa Lei e espero que ela seja aprovada, mas até lá é chão. A única coisa aprovada aqui a rodo é projeto de Lei pra livrar marginal da cadeia com mais facilidade do que já temos, e subir salário de deputado, senador, vereador, e o raio que parta. Ô Brasil generoso pra esse povo!
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