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Todos contra a DC e seu relançamento

Todd McFarlane pode ter perdido seu foco anos atrás, mas ainda é um empresário vitorioso na hora de fazer dinheiro. Em uma entrevista o artista e cocriador da Image Comics analisa o relançamento da DC Comics em 52 edições “rebootinadas” durante o mês de setembro e faz uma previsão catastrófica. De acordo com o artista a antiga editora está dando um passo maior que as pernas, perderá espaço para a Marvel e que não conseguirá alcançar o que almeja, pois durante os lançamentos a mídia ficará em cima, mas com três edições o dinheiro do leitor- e a paciência- irão começar a ruir e perderá o fôlego da “novidade”. Frank Miller já tinha dito algo parecido.Quando eu soube da noticia eu aplaudi a ousadia, mas de acordo com as noticias que eu via chegando, cada vez mais me cheirava a golpe de marketing político e a coisa foi ficando entre o ridículo e até burro, salvo um ou outro relançamento.

Muitos fãs não gostaram dessa empreitada, e muita gente ainda aposta no fracasso. Eu particularmente acho que algo que saiu da concepção do nazista Dan Didio e do burro do Jim Lee não pode se sair tão bem assim. Didio tem leitores inimigos confessos por várias idiotices que fez a DC passar nos últimos anos e Lee é desenhista e o que ele faz de melhor no caso é desenhar (pelo em áureos de começo sim). A Wildstorm fala por si só; um emaranhado de heróis despirocados que só tiveram algum sucesso por causa de nomes como Alan Moore (e o selo ABC de Moore), Mark Millar, Grant Morrison, Warren Ellis e Brian K. Vaughan. Sem esses nomes o selo de Lee teria ido para o buraco há muito mais tempo. O visual da Liga da Justiça refeito por Lee já fala por si só, com aquela cara de “super descolado da hora”, mas soando de uma cafonice só vista no começo dos de 1990. É essa a DC do futuro? Uma DC porralouca do começo dos de 1990? Em setembro, veremos. Aliás, dois meses depois dos “relançamentos” veremos o prognóstico.

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