Falar de Cavaleiros do Zodíaco é nostalgia pura. Nem sei por onde começar. Na verdade, sei sim. Eu tava em casa num domingo a tarde, um amigo chegou e me disse: "Ei, tu viu o anime que tá passando na Manchete? Tem até sangue". Fiquei muito curioso. Nunca tinha visto nada na TV aberta que tivesse sangue numa animação. Aliás, a única animação com sangue que vi foi Akira até então em VHS. Quando fui assistir Cavaleiros do Zodíaco lá pelo episódio em que Seiya e Shiryu se enfrentam pelo torneio Guerra Galática... Pow! Sangue pra encher um balde grande. Eu nunca tinha visto aquilo! Nem preciso dizer que fiquei fã daquele anime. Todos os dias eu corria para casa de um amigo ou da minha tia para assistir. Minha TV não pegava muito bem a Manchete. Cada episódio era acompanhado com atenção, os golpes decorados e quanto mais se passava, mais você queria saber.
A revista Herói surgiu nessa onda e trouxe muitas novidades sobre bastidores da série animada do momento. Foi o "boom" definitivo da série no Brasil. Logo os bonecos da Samtoy (empresa que trouxe o anime ao Brasil) começaram a ser artigos de colecionador, assim como toda e qualquer coisa relacionado. Os anos de 1994 e 1995 foram os mais dourados para os personagens no Brasil, mas continuou com muita força depois disso. Anda hoje é muito reverenciado pela sua importância em abrir as portas para outros animes e até mesmo fomentar timidamente a publicação de mangás no país. Tem uma gama fiel de fãs por todo território nacional e mesmo com o tempo, ainda consegue mais! No dia primeiro de setembro de 1994 estreava Cavaleiros do Zodíaco, exatamente há 20 anos. O mangá foi lançado duas vezes no Brasil, a série animada saiu por completo em DVD e os filmes chegam a ganhar as salas de cinema. Os Cavaleiros de Atena ainda têm muito fôlego pela frente...
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