São Jorge é conhecido como aquele matou um dragão e reza os causos que pode-se vê-lo durante a lua cheia num "desenho" que lembra isso na superfície lunar. O santo católicos é o padroeiro em vário países e tem aqui no Brasil uma ligação muito forte. Eu, particularmente, não conheço muito sobre São Jorge, mas a obra de Danilo Beyruth (Bando de Dois, Necronauta) me deixou bem curioso. Pra mim foi uma grata surpresa quando a Panini anunciou que editaria mais esse trabalho do artista em bancas (o primeiro foi Astronauta- Magnetar pela Graphic MSP). A editora não tem tradição de investir em material nacional fora do linha Maurício de Sousa e isso é uma vitória não apenas para Beyruth que fez com que uma editora grande como a Panini que só trabalha com "enlatado" apostasse em um material nacional e fora do padrão da casa, os super-heróis. Atualmente muitas editoras "de esquerda" estão apostando em álbuns com artistas brasileiros em tiragens pequenas direto para venda em livrarias, internet e lojas especializadas, mas é muito bom ver material nacional indo a banca comum. Em São Jorge Soldado do Império e A Última Batalha, o artista divide em atos em em dois volumes o incio da lenda que se tornou o soldado romano Jorge até o momento em que virou um mártir. Com um traço soltou quase todo apenas no lápis, Beyruth cria uma HQ quase cinematográfica, com passagens suaves, sem atropelos e coloca em termos mais sóbrios a verdadeira lenda do Dragão e da Princesa que segue o Santo Católico com visões mais realistas e de como surgiu a fama do soldado. Mesmo não gostando de artes que são escaneados no lápis e dado um reforço no computador, a arte ficou muito bonita. Belo material... Espero que a Panini continue investindo em bons materiais como esse.
Nota: 8,5
Nota: 8,5
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