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Cavaleiro das Trevas III e Liga da Justiça de Bryan Hicth (Impressões)

Chegou às bancas Cavaleiro das Trevas III e LJA pela Panini Comics. As primeiras impressões são boas. Não acompanho mais quadrinhos mensais, com algumas exceções como mangás (quando você compra um, em geral você tem de ir até o fim caso goste) e Star Wars. Mas veio às bancas a minissérie em oito partes de Cavaleiro das Trevas e uma nova fase da Liga da Justiça por Bryan Hicth. Isso não é bem uma resenha, e sim um "primeira impressão" de ambos. Quanto à Cavaleiro das Trevas, eu estava bem cético, não estava conseguindo ver alguma coisa de bom daí, ainda mais com Brian Azzarello coescrevendo junto a Frank Miller. Não sou muito fã dos trabalhos de Azzarello, com exceção de 100 Balas que é fantástico, mas a maioria de seus roteiros parecem "perdidos" com textos às vezes confusos, onde o autor parece ter tido uma boa ideia para uma cena super foda, mas precisa encher o antes e o depois e é aí que o acho meio perdido. Já Miller, depois do seu contestado Cavaleiro das Trevas II, não me gerava muita confiança- ainda vou reler isso pra ver se mudo de opinião. E pra piorar: Andy Kubert desenharia. Até gosto da arte dele, mas há horas que ele faz uns ângulos estranhos ou inventa umas poses meio espalhafatosas (gosto bem mais de Adam Kubert). Mas então ponho as mãos na edição e BUM! Uma ótima HQ. Não senti a influencia de Azzarello no texto e a arte de Andy Kubert com a arte-final de Klaus Janson (que também trabalhou no primeiro Cavaleiro das Trevas) fluiu muito bem. É quadrinhos ao estilo "Ano 80". O primeiro número me surpreendeu e fiquei curioso para ler o segundo volume.
 
Já Liga da Justiça da América do desenhista e agora roteirista Bryan Hitch também é uma boa HQ e me deu alguns pontos positivos. O autor tem uma lista de trabalhos estilo "arrasa-quarteirões" como Authority e Supremos ao lado de caras como Warren Ellis e Mark Millar e está tentando invocar esses dois gigantes do improvável em seu roteiro. O resultado? Uma HQ com potencial, escrita com "vontade de ser grande". Misturando ficção e probabilidades diversas, Hitch tenta entregar uma Liga da Justiça inteligente e renovada, saindo do comum. Eu acompanhei por um tempo a Liga da Justiça de Geoff Johns quando saiu Jim Lee e assumiu Ivan Reis... A fase do Lee não posso falar nada, pois não a li, mas a fase do Reis é mediana (não o artista, que é fantástico), mas o roteiro de Johns está burocrático até onde li, quase automático. Ne lembra o roteirista do ótimo Sociedade da Justiça e Flash e por isso parei de acompanhar- e fora que aqueles mix da Panini com HQs ruins é um porre. Seja como for, essa nova fase da Liga me pareceu interessante. A arte de Hitch continua afiada, mas com o histórico de atrasar material, duvido que ele consiga ficar constante. Vou tentar acompanhar por ora.

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