Filmes policiais era uma febre entre os anos de 1970 e 1980, mas alguns personagens se sobressaiam ao costumeiro que vinha sendo costurado até então. Foi em 1987 que o policial com tendências suicidas, Martin Riggs vivido por um já famoso Mel Gibson surgiu no filme Máquina Mortífera. Com um histórico dramático com a morte da esposa, Riggs não via mais motivo para viver e frequentemente se colocava em situações em que poderia ser morto.
Vivido freneticamente por Gibson, o personagem parecia um lunático- com olha paranoico e tudo-, levando tiros, correndo feito doido no meio da confusão, tomando atitudes por impulso e se colocando em apuros. Pior: levando o quase aposentado parceiro Roger Murtaugh (vivido pelo excelente Danny Glover) ao limite dos limites. Lembro que quando esse filme surgiu fez um sucesso e tanto. Eu ainda não tinha a dimensão, mas quando passou na TV foi um daqueles filmes que todos os meus colegas comentavam no dia seguinte. Pois é... antes do advento dos "grupos" pela internet, para comentar algo assim tínhamos que nos encontrar pessoalmente para fazer isso.
Ao longo de quatro filmes, Martin Riggs adotou a família de Murtaugh como sendo sua, deixou a tendência suicida mais de lado e teve até algumas namoradas. O personagem foi se adaptando com o tempo, mostrando um crescimento pouco visto até mesmo nos dias de hoje nos cinemas onde as continuações muitas vez mostram o mais do mesmo. No caso de Riggs o detetive foi "sossegando o facho", ficando mais família, mais ligado a um elo pessoal com Murtaugh. E essa evolução é algo raro nos cinemas. Máquina Mortífera continua sendo uma série cinematográfica que gosto muito, mas não apenas pela ação, mas pelos personagens que sempre se mantiveram fieis ao seus conceitos.
Os quatro filmes tiveram direção de Richard Donner e roteiro de Shane Black.
Fotos: Fonte internet.
Fotos: Fonte internet.
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