Os Novos 52 • Mulher-Maravilha vol. 1 | NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟
Por Brian Azzarello com artes de Cliff Chiang e Tony Akins
Editora: Panini Comics. Páginas: 164. Ano: 2016 . Preço: R$ 29,90
Não sou muito fã de Azzarello. O acho muito superestimado. A única coisa que li dele e gostei mesmo foi 100 Balas. Mas admito que Mulher-Maravilha do cara em Os Novos 52 é melhor do que eu esperava. Tava ali na fila desde 2016- sim, demorei mesmo pra ler por preguiça de pegar um run do Azzarello e por falta de tempo também- fui pegando por conta da boa receptividade dos fãs. Fase elogiada por muitos, a Mulher-Maravilha de Azzarello ganha bastante em agilidade de roteiro. Aqui o roteirista deixa o drama de lado e parte pros finalmentes. Aqui a Amazona acaba esbarrando numa jovem moça chamada Zola que carrega no ventre mais um "bastardo" de Zeus. Por algum motivo a mais, Hera o quer morto.
Não é a primeira vez que a deusa do Olimpo decida matar mais um fruto das escapuladas de Zeus. Mas quando Hermes resolve se meter e salvar a garota, a Mulher-Maravilha percebe que tem algo a mais nessa história. Esse é o ponto para um primeiro volume frenético, onde os deuses em sua "frivolidade" se colocam em jogos de poder para saber quem derrota quem. Mas aqui tem uma revelação a mais: A Mulher-Maravilha não foi concebida do barro como lhe fora contado. Ela também é fruto de uma pulada de cerca de Zeus com a Rainha Hipólita. E esse foi o diferencial de Azzarello quando resolveu mexer na mítica da personagem e dar a ela não apenas uma origem diferente, mas armar com essa história um dos melhores arcos da personagem a colocando num jogo muito mais perigoso: os dos deuses. A arte de Cliff Chiang funciona muitíssimo bem e Tony Akins faz bem sua parte.
Ainda acho que Azzarello tem um péssimo timing para fazer o storyteller correr, mas aqui ele está mais acertado. Mas precisa dar o braço a torcer e admitir que foi uma grande surpresa encontrar uma HQ tão boa como essa numa linha tão polêmica e cheia de erros.
NOTA: 9,0
Os Novos 52 • Mulher-Maravilha vol. 2 | NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟
Por Brian Azzarello com artes de Cliff Chiang e Tony Akins
Editora: Panini Comics. Páginas: 140. Ano: 2016 . Preço: R$ 27,90
E o material continua muito bom, obrigado. Muita gente elogiava essa fase e fui comprando sem ler na base do "oba-oba", o que causa um certo temor, mas o material é bom mesmo. Azzarello é um roteirista com senso de ritmo limitado pra mim, mas por ora tem feito um trabalho bem dosado aqui ao colocar a Mulher-Maravilha dando de cara com os deuses sem muitos floreios ou rodeios burocráticos. É bem "pei-bufo". Nesse volume dois a Amazona entra numa verdadeiro caça-ratos. A criança de Zola é raptada e agora Mulher-Maravilha, Hermes e seus chegados precisam ir ao inferno buscar direto das mãos de Hades depois de uma "trapaça" no volume anterior. Mas vencer Hades nos seus domínios não parece ser tarefa fácil- mesmo depois de ter enfrentado Apolo e Hera no Olimpo.
Azzarello coloca muita coisa em jogo, principalmente com a entrada do deus da Guerra. O bem da verdade é que toda essa luta- que poderia ser "simplesmente" para resgatar uma criança- torna-se muito maior quando planos escusos começam a aparecer para mostrar que nada é gratuito. E pior: em quem a Mulher-Maravilha poderá realmente confiar. pois seus irmãos e meio-irmãos gostam bastante de jogar na ambiguidade. Numa trama corrida que incrivelmente nãos e atropela, o segundo volume veio apenas para fortificar que a passagem de Azzarello pelo título da amazona tem sido uma das melhores coisas realizadas dentro de Os Novos 52. Uma equipe criativa que funciona tanto em roteiro como em arte deixam para a Mulher-Maravilha um de seus melhores arcos de todos os tempos.
NOTA: 9,0
Fotos: Arquivo pessoal
Fotos: Arquivo pessoal
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