Editado no Brasil pela JBC Editora
Mangá é um seguimento que aprendi a ler com muita cautela. Quando você começa uma série você "tem que ir até o fim". Não dá pra acompanhar da metade e nem dá pra pegar o começo e largar- com algumas exceções. Claro, se num for bom você desiste. Mas se for bom e parar no meio do caminho tudo que você comprou vai pro saco, pois o mangá é uma novela grande com começo, meio e fim. Como os volumes no Brasil estão ficando cada vez mais bimestrais, eu não conseguia lembrar com nitidez tudo o que eu havia lido no volume anterior (até mesmo porque leio outras coisas) e acabava voltando para pegar o fio do enredo mais no detalhe. Então resolvi que quando fosse comprar um mangá eu só leria quando ele finalizasse- ou alcançasse a versão japonesa.
Platinum End era um que eu nem ia pegar, mas como é de criação dos mangakás Tsugumi Ohba e Takeshi Obata- de Death Note- eu resolvi dar uma chance. Comprei o volume 1 e encalhei pra fazer aquele esquema de só ler quando completasse ou alcançasse o volume japonês, que atualmente está no sétimo no Japão. Então comprei o volume dois e no caminho de casa vim dando uma olhadinha e vi uma monte de coisas que em geral não curto num mangá- uns clichês rodados e uns diálogos piegas. Então eu resolvi ler o volume 1 pra ver se dava pé. E o começo me deu um tique nervoso no olho. Ruim demais com um drama digno de novela mexicana. Porém, vamos lá, continuei lendo. Com o passar dos poucos capítulos o enredo vai ficando ainda mais fora do tipo de coisa que curto, mas mesmo assim dá uma boa melhorada.
Mirai Kakehashi é um estudante lascado, que foi criado pela tia materna depois que seus pais morreram num acidente. Levou uma vida miserável de abusos dentro de casa e já não via mais sentido na vida. Então, resolveu se matar, mas foi salvo pelo seu "anjo da guarda" (argh!). Com isso o tal anjo explica a ele que ao fazer isso, ela o escolheu para entrar numa "competição" entre outros anjos para achar o novo "Deus" (ai, céus). Aí vem aquele texto sobre morte, aceitação, que Mirai pode fazer o que quiser com os dons que a anjinha deu a ele- que é de voar, uma "flecha-cupido" que faz com que as pessoas sigam quem ativou a flecha por um mês cegamente e uma outra de morte.
Inclusive a anja induz o jovem problemático a matar pessoas, enganar e roubar (essa é do bem, hein?). Eu já tava torcendo o nariz feio. Mas algo mudou quando o jogo começou entre os anjos e aí sim a coisa ficou bem melhor. Só poderia haver um vencedor, mas dos mais de dez competidores, vale dizer que os que sobrarem no final estarão mortos e sendo assim, agora virou não apenas uma caçada mortal, mas também uma luta pela sobrevivência. Apenas os escolhidos podem ver os anjos um dos outros o que torna a competição ainda mais complicada num jogo de gato e rato. Foi nessa aí que Platinum End melhorou pra mim e tá valendo a curiosidade para o volume dois.
Duas observações: A arte foi um ponto que pra mim pesou negativo em algumas soluções de retícula, que muito pesadas escondem o traço do artista. A outra é que o papel usado pela editora ficou transparente tanto no volume um quanto no dois. Com tantas retículas pesadas, um papel assim não é aconselhável.
O mangá é editado aqui pela JBC em formato simples e bimestral. Esse foi o Primeiras Impressões.
Imagens: Fonte internet.
Imagens: Fonte internet.
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