Admito que nunca fui muiiiiiito fã de True Blood. Eu gosto, acho bem produzido, é muito bem sacado e venho acompanhando desde a 1º Temporada normalmente. Mas pra mim ele às vezes se torna meio paradão, nada acontece, e quando acontece, quando a gente pensa que vai engrenar alguma coisa realmente foda, aí para tudo. Todas as temporadas têm algo em comum pelo menos: os finais são fantásticos! Ele te prende pra temporada seguinte com certeza. Sempre na reta final os produtores e roteiristas fazem tudo que não fizeram na temporada toda: dão ritmo enérgico à série e quando termina você diz “Puta que pariu, e agora?”. Assim foi True Blood por todas as três temporadas anteriores... até chegar a 4º temporada, que pra mim até aqui foi a melhor! Sabe aquele ritmo acelerado e frenético do final de temporada das anteriores; na 4º esse ritmo está em todos os episódios do começo ao fim e quando chega no capitulo final você ainda diz “Puta que pariu, e agora?”. Eu gostei muito dessa temporada, de longe a melhor, “acelerado” no sentido de que as coisas corriam mais e não ficavam paradas amassando bosta com em vários episódios das temporadas anteriores. Não me levem a mal, mas tem horas que dava sono em algumas passagens, que fique claro. É como eu disse: toda vez que a gente achava que ia ganhar um ritmo foda, a coisa dava uma freada brusca!
Nessa temporada os produtores tiveram muitos subplots para explorar durante seus 12 episódios de quase uma hora cada, tendo em vários núcleos bem desenvolvidos, chances de amadurecer personagens, colocar outros em evidencia, transformar as lendas e plantar ganchos certeiros para a temporada cinco. Uma verdadeira tacada de mestre. E em True Blood pode esperar que sempre tenha tragédias, sempre tenha mortes inesperadas (e algumas esperadas) e sempre tenha putaria. Ohhhh! Sim, mas nessa temporada a fornicação foi menor se comparada as temporadas anteriores em virtude do bom texto e das várias situações que tinham que ser esclarecidas. E foi nesse quesito que True Blood melhorou e muito. Os roteiros ficaram mais sóbrios, os diálogos menos fanfarrões, menos piegas e os roteiristas tiveram o cuidado de se aprofundar na personalidade de vários deles, deixando a série ainda mais cheia de bons pontos de partidas para outras histórias. Os caras fizeram o dever de casa.
Não pretendo dar spoilers aqui e vou falar do enredo da forma mais indireta possível. Na trama temos uma Sookie (Anna Paquin- mais periguete que nunca) começando de onde terminou a temporada anterior: no mundo das fadas, onde ela reencontra uma pessoa importante em sua vida e descobri que nem tudo é tão “purpurina” assim. Admito que há uma passagem aqui que me lembrou Power Rangers- não vou falar, pois é Spolier e isso é ruim para quem não assistiu, mas para quem já viu deve se ligar na fuga e nas explosões! E ainda outras cenas “Power Ranges” durante a série. Pode parece ruim, mas é que a repetição de algumas coisa ali chega a fica enfadonha- e esse é o único ponto negativo dessa temporada. Heh! No “mundo real” Bill (Stephen Moyer) agora está no mais alto posto dos vampiros da região e Eric (Peter Skarsgärd) continua com seu humor negro afiado, mesmo depois de alguns ocorridos que mudam um pouco o convívio dentro do triangulo amoroso que é Sookie/Bill/Eric, que fica muito latente nessa temporada. MUITO MESMO! Fora isso, lobisomens, transmorfos, bruxas, espíritos e fadas são a força motriz dessa temporada. Tara (Rutina Wesley) continua se fudendo como sempre, O Xerife Andy (Chris Bauer) ganha importância para a próxima temporada, Jason (Ryan Kwanten) parece ter amadurecido bastante (mas ainda é tapado) e o casal “doente mental” Arlene e Terry (Carrie Preston e Todd Lowe respectivamente) ganham destaque mais acentuado, inclusive para a próxima temporada. Até o barriga branca do Sam (Sam Trammel) consegue dá uma trepadinha e ganha cenas mais fortes e importantes. No fim posso dizer que a 4º Temporada foi a melhor em tudo: roteiro, direção, personagens mais desenvolvidos, boas cenas de ação (ainda que rápidas) e com um gancho muito bom mesmo para a temporada seguinte. A mais acertada de todas.
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