Deapool Clássicos Vol. 1 e 2, Novos X-Men: E de Extinção e Tex Edição Gigante #31 (Resenha Quadrinhos)
Eu não sou fã do Deadpool. Muito pelo contrário, o acho um personagem bem subestimado. Desde a época dos X-Men quando ele surgiu lá em Novos Mutantes por Fabian Nicieza e Rob Liefeld. A Panini aproveitou o momento do filme do personagem e soltou um encadernado com as primeiras HQs do anti-herói bonachão. A primeira minissérie por Fabian Niceza e Joe Madureira intitulado Deadpool: Circle Chase mostra o mercenário e seu chapa Fuinha numa desventura porradeira para ver quem consegue os espólios de Tolliver, um empregador de Deadool que ao falecer aparentemente deixou uma fantástica arma- e outras coisas- para algumas pessoas em seu testamento, porém, Black Cassidy, Arma X e o Fantástico estão atrás da mesma coisa. Nicieza é um roteirista fraco, mas teve alguns poucos bons momentos escrevendo alguma coisa com o Mutantes da Marvel. No entanto, aqui ele até se esforça para manter um nível bom de entretenimento, e consegue em algumas poucas passagens, mas é um material fraco. Apenas deve divertir aos fãs fervorosos. A arte de Joe Madureira ainda estava no comecinho, mas já apresentava traços do que viria a ser seu trabalho. Na sequencia uma série em quatro partes intitulada apenas Deadool por Mark Waid e Ian Churchill. Sou muito fã de Waid, mas do roteirista argentino, mas não consegue nem emular isso com passagens desnecessárias de sobriedade que não cola em nada com o personagem. Para piorar... Ian Churchill, um dos piores desenhistas clones de Jim Lee, desenha toda a passagem de Waid pelo personagem (originalmente quatro edições), o que deixa o trabalho anda pior. Uma publicação fraca em tudo. Comprei por curiosidade, até porque eu queria conhecer mais o personagem.
NOTA: 3,0
Já o segundo volume de Deadpool Clássico, era o que eu realmente queria, que é passagem de Joe Kelly pelo personagem junto com Ed McGuinness. Essa foi a fase que o Deadpool realmente despontou para "o gosto popular". Tinha muita curiosidade, pois gosto dos trabalho de Kelly. Na época de seu lançamento em 1997, o personagem logo ficou em voga e angariou um numero considerado de fãs. Particularmente, eu achei bem abaixo da expectativa. Acho que esse foi um material que envelheceu mal, pois as piadas ficaram datadas e a Panini não fez um trabalho de tradução (já havia sido editado aqui pela Abril em formatinho) visando uma atualização, o que é compreensível, na verdade. Aqui Deadpool enfrenta o Projeto Arma X e de quebra sai no braço com o Hulk! Há algumas boas passagens, verdade seja dita, mas é um material meio longe da atualidade e ficou preso lá atrás. O trabalho de Ed McGuinness em começo de carreira é limpo e homogêneo. Um traço bacana para o tipo de HQ contada aqui. Boas passagens, mas nada que chame de fato a atenção. Há ainda a primeira HQ em que ele aparece em New Mutants #98 por Fabian Nicieza e Rob Liefeld. Um terror! Nem vale gastar linhas aqui...
NOTA: 6,0
Grant Morrison sempre foi um roteirista controverso, mas que bebe de uma base esquecida pelos quadrinhistas atuais. Morrison gosta de agregar conceitos clássicos em suas HQs atuais e quando assumiu os X-Men lá em 2003 não foi diferente. Resgatou a paranoia do mundo contra mutante, os colocou para serem professores e destilou um formato violento e obscuro para os Filhos do Átomo. Essa fase do escocês é amado por uns e odiado por outros. Morrison sai do "terreno seguro" que os mutantes vinham correndo com suas confusões cronológicas e bota os X-Men para baterem de frente com uma realidade mais crua, fria e violenta. É um fim do uniforme colorido e o começo de um realidade obscura e regada a sangue, sexo (de leve) e paranoia. Pra começar Morrison agrega uma personagem perigosa aos seus X-Men: Cassandra Nova, a irmã de Charles Xavier. Em tomadas violentas e de textos de efeito, os mutantes são obrigados a lutar com um oponente vazio de alma e dona de uma articulação melindrosa. Eu gostei bastante dessa primeira fase em E de Extinção com os X-Men voltando de certa forma as suas raízes e com uma equipe madura e preparada para enfrentarem todos os perigos reais e imediatos. Fora que gosto muito do trabalho de Frank Quitely, apesar de não ser o preferido de muitos fãs. Há ainda uma HQ na sequencia com arte de Ethan Van Sciver com um novo arco de desboca no volume 24 da Coleção Graphic Novels da Salvat.
NOTA: 9,0
E de supetão eu comprei Tex Gigante # 31 que trás uma HQ bem atual do ranger mais famoso dos quadrinhos italiano. Mas o que me chamou mesmo a atenção e isso pesou bastante para a aquisição foi o trabalho gráfico de Enrique Breccia. Na trama de Tito Faraci, Tex Willer e seu fiel amigo Kit Carson vão no encalço de índios Modocs que mataram um antigo ranger aposentado e amigo de Tex. Com uma trama sombria e cheia de violência, Tex e Kit precisam perseguir toda uma tribo de foragidos que não pensam duas vezes para tirarem a vida de um homem branco. Mas pra mim o espetáculo mesmo fica por conta da rica arte de Breccia que tem uma hachuras lindas, com nuances que vão do traço fino a luz e sombra de maneira espetacular. Tex tem artistas sensacionais em seus trabalhos e vale muito a pena acompanhar alguns deles. A Mythos tem feito um trabalho editorial e fiel impecável. Pena que as edições tenham preços tão salgados. É um material europeu bonito que chega as todas as bancas e faz muito sucesso.
NOTA: 9,0
Serviço:
Deadpool Clássico Vol. 1
Roteiro: Fabian Nicieza e Mark Waid
Arte: Joe Madureira e Ian Churchill
Páginas: 188
Preço: R$ 24,90
Ano no Brasil: 2016
Editora Original: Marvel Comics
Editora: Panini Comics
Editora: Panini Comics
Deadpool Clássico Vol. 2
Roteiro: Joe Kelly e Fabian Nicieza
Roteiro: Joe Kelly e Fabian Nicieza
Arte: Ed McGuinness e Rob Liefeld
Páginas: 148
Preço: R$ 21,90
Ano no Brasil: 2016
Páginas: 148
Preço: R$ 21,90
Ano no Brasil: 2016
Editora Original: Marvel Comics
Editora: Panini Comics
Editora: Panini Comics
Novos X-Men: E de Extinção (Coleção Salvat vol. 23)
Roteiro: Grant Morrison
Arte: Frank Quitely e Ethan Van Sciver
Páginas: 120
Preço: R$ 29,90 (na época do lançamento)
Ano no Brasil: 2014
Páginas: 120
Preço: R$ 29,90 (na época do lançamento)
Ano no Brasil: 2014
Editora Original: Marvel Comics
Editora: Salvat Editora
Editora: Salvat Editora
Tex Gigante # 31
Roteiro: Tito Faraci
Arte: Enrique Breccia
Páginas: 244
Preço: R$ 24,90
Ano no Brasil: 2016
Páginas: 244
Preço: R$ 24,90
Ano no Brasil: 2016
Editora Original: Bonelli Comics
Editora: Mythos Editora
Editora: Mythos Editora
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