
A série animada Archer é uma das coisas mais interessantes que já assisti em termos de estética e trás uma garoroba enorme de referencias diversas a cultura pop oriundo de fontes impares como livros de espionagem, TV e cinema com o mesmo tema, mas de uma forma pra lá controversa. O programa do canal FX é voltado para o público adulto e foi criado em 2009 por Adam Reed (com certeza um sádico de carteira) e mostra as desventuras de uma organização internacional de espionagem chamada ISIS que tem em Archer um de seus principais agentes fruto de um nepotismo gritante, tendo em vista que a mãe de Archer, Malory, é a chefe da agencia. Archer é do tipo pateta, que fala merda a cada 2 segundos (pode contar), fode seus companheiros (alguns literalmente) e só faz burrada- mas acaba se dando bem- às vezes não. A ideia é que Archer seja uma espécie de James Bond trapalhão, cretino e filho da puta exatamente nessa ordem se preferir. Em suas missões ou acaba matando alguém ou acaba deixando alguém ferido. Ou acaba fazendo as duas coisas (hein?)! Na mesma agencia trabalha Lana Kane, sua ex-namorada que agora namora o contador Cyril, um fornicador de primeira.
O programa ainda conta com a divertida secretária destrambelhada Cheryl- maluca por sexo, adora ter seu pescoço apertado na hora do vamos ver e quer ser chamada de Carol. No elenco ainda encontramos Pan, uma funcionária gordinha frustrada do setor de RH que não consegue dar pra ninguém, Doctor Krieger, que tem cara de psicopata e Woodhouse, uma espécie de Alfred para Archer. A série é divertida, cheia de boas sacadas, muito humor negro e conta com uma animação parecida com aquelas charges do Big Brother (hehehe---não resisti) trazendo cenas pra lá de controversas como sexo anal, gente com alguma parte do corpo estourada e muitas expressões engraçadas, mas é no texto que Archer se supera trazendo diálogos rápidos, ácidos e bem envenenados. Tem que ser rápido pra pegar a piada! A série também mostra a relação entre os envolvidos na ISIS e seu convívio diário, brigas internas, familiares, ações políticas e crítica social- tudo dotado de um humor muito semelhante ao que é feito em South Park, por exemplo. A ideia do visual da série é justamente emular aquelas programas animados dos anos de 1960 que eram meio estáticos.
Atualmente a série está na terceira temporada e faz um sucesso considerado pelos Estados Unidos. No Brasil ainda não pegou, mas duvido que uma série como essa consiga atingir a massa acostumada a Rebelde e novelas da Globo.Quem tiver a oportunidade de assistir isso, o faça. É uma belezura só. Mas vale a nota: não é uma série pastelão! As vezes a gente fala que é divertido e o povo já pensa que do nível intelectual de Todo Mundo em Pânico... só pra citar um exemplo clássico. Este aqui tem que pensar um pouco, certo?


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