Liga da Justiça- Série Animada estreou em 2001 e teve cinco temporadas (dividida em duas fases). Já assisti isso inúmeras vezes na TV, como todo mundo, mas eu nunca tinha assistido na sequencia direto sem tirar de dentro e posso dizer que é uma experiência fantástica! Consegue todas as temporadas em DVD e assisti recentemente a todas elas. Que série sensacional! Se Batman já era um patamar elevado em termos de seriado televisivo animado nos Estados Unidos, Liga da Justiça surgiu apenas para subir ainda mais um degrau nessa ideia. A série em sua primeira fase reúne os medalhões da DC Comics como Superman, Mulher-Maravilhas, Batman, Flash, Lanterna Verde seguido de Caçador de Marte e Mulher-Gavião. A história mostra os surgimento de uma força heroica que combate ameaças muito maiores do que poderiam combater individualmente e no primeiro arco de três partes os heróis lutam contra a ameaça dos marcianos brancos que estavam infiltrados em nossa sociedade em escala global. A partir desse ponto os maiores heróis da Terra resolvem montar a Liga da Justiça, mas Batman fica como membro “reserva”, pois não pretende ficar se ausentando de Gotham City o tempo todo. Com isso constroem uma “Torre de Vigilância” em órbita da Terra para poderem agir.
Paul Dini e Bruce Timm sabiam do desafio que era recriar a Liga da Justiça e tirar o “estigma” infantiloide de Superamigos que as pessoas tinham na cabeça, mas os caras não são burros e souberam fazer isso (e um pouco mais) com maestria. Liga da Justiça foi muito mais que uma série voltada para as crianças. Era uma série voltada disfarçadamente para os fãs de quadrinhos que acompanhavam quadrinhos comumente. A ação era frenética, violenta até em escalas astronômicas de destruição. Os enredos dessa primeira fase eram mais heroicas e aventurescas, mas não deixam de ter cunho social e político (mais acentuado nas fase Sem Limites- 3º, 4º e 5º temporadas- que falarei mais tarde). As histórias obedeciam a temática das histórias em quadrinhos com o famoso “Continua...” coisa rara na época para produções estadunidenses acostumados a séries de episódios fechados. Com isso os episódios de Liga da Justiças eram divididos em duas partes sempre e o que começava em um terminava no outros sempre com um esquema muito bem desenvolvido, mesmo que às vezes soasse repetitivo. Os personagens eram muito bem escritos e tinha espaço para todos eles se desenvolverem dentro das tramas e subtramas.
O conjunto de roteiristas que ficava geralmente entre Stan Berkowitz, Dwayne McDuffie e Paul Dini e às vezes aparições de J.M. DeMatteis e Warren Ellis, entre outros, conduziam histórias densas cheias de ação com destaque para Berkowitz que tinha o cerne da DC Comics nas mãos e McDuffie que humanizava mais os personagens, mas quanto a este último eu tenho uma ressalva a fazer. O cara toda vez que escrevia um episódio da Liga ele fazia questão de diminuir o Superman usando ele como metáfora negativa e o deixando “afobadinho” e arrogante. Fora que o Superman nas histórias escritas por ele sempre tomava mó surra, salvo alguns poucos episódios. Vai ver ele tinha complexo de Frank Miller. McDuffy falecera no começo deste ano. Seja com for, os arcos de encerramento de temporada sempre eram fodões com destaque para Escrito nas Estrelas onde a Liga da Justiça enfrenta uma invasão thanagariana em três partes culminando com o disparo de uma arma de destruição em massa disparado da Torre da Liga o que gerou na fase seguinte várias intrigas entre o governo, a Liga e a população. A primeira temporada teve 26 episódios assim como a segunda. Vários outros heróis deram as caras como o Aquaman, Sr. Destino, entre outros assim como muitos vilões. Meus personagens preferidos dentro da série eram o Caçador de Marte e a Mulher-Gavião. A série foi exibida entre 2001 e 2003 e depois foi sucedida pela fase Sem Limites. Para quem gosta de super-heróis, ação, ficção e aventura, Liga da Justiça é um prato cheio.
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