
Eu sempre gostei de histórias de detetives e espionagem (mas por incrível que pareça, 007 não estão nessa lista pra mim) e sempre me sentia atraído a assistir Borerd to Death, que tem um pouco de história de detetive no estilo noir- ou detetives de raiz. A comédia com uma boa pitada de drama apesar do bom relacionamento com seu público, é bem menos interessante do que eu esperava. Não sei se criei muita expectativa e isso atrapalhou meu julgamento, mas achei extremamente cheia dos “potencial”, no entanto, esse potencial é meio mal utilizado. A trama mostra o escritor, maconheiro e cachaceiro Jonhatan Ames (vivido pelo divertido Jason Schwartzman) que só escrevera um livro e que este mesmo, fora massacrado pela crítica. Atualmente ele trabalha para o amigo George Christopher (Ted Danson) que é editor da revista Edition, mas faz bico de detetive particular não “licenciado”. A série tem seus pontos engraçados, sem dúvidas. Há boas coisas em tudo. Ames é um maconheiro de primeira, passivo a assuntos drásticos e viu na atuação como detetive particular uma forma de sair de seu eu comum e adentrar num mundo muito mais excitante e de quebrar, fomentar texto para seu próximo livro.

As desventuras de Ames acabam atingindo seu chefe George e seu amigo Ray Hueston (o engraçado Zach Galifianakis) que é casado e tem uma vida mais normal... ou não! Ah, ele trabalha com quadrinhos como desenhista! Na verdade tá meio fudido. Bem, o trio sempre entra em várias enroladas por conta das presepadas de Ames que vira e mexe sempre pede ajuda a um dos dois... ou aos dois ao mesmo tempo. A série foi criada por Jonhatan Ames (isso mesmo, o mesmo nome do personagem principal do programa) para HBO que esta por sua vez, já anunciou o cancelamento do seriado na terceira temporada. Ames diz que pode continuar em livros ou até em gibis. Fontes dizem que a série perdeu muito de seu público quando passou de domingo para as segundas ocasionando assim seu cancelamento. Alguns sites indicam Bored to Death como uma série fantástica chegando inclusive a ter uma boa nota no IMBd (site que classifica filmes, séries, programas), mas pra mim a série só apresentou um bom conceito. E só.

Apesar das boas tiradas divertidas, do texto bem desenrolado e dos diálogos (muitas vezes) engraçados, o ritmo é bem lento, nada acontece, e ele fica entre um sitcon e uma série comum, e num é nenhum dos dois. Essa dúvida entre categoria é que mata a série, pois num é em uma coisa e nem outra, é classificada como “Noir-otic”, expressão que deve ser algo como comédia dramática noir. Ou uma merda assim. Mas o fato é que nem o bom elenco me trouxe algum alento no que eu achava que era uma história sobre detetives da “escola antiga” de ser com texto macarrônicos, bravatas, lutas em corredores, perseguição de carros antigos e claro, o velho charme sedutor desses profissionais nas telas grandes (ou telinha). O máximo que vemos aqui é Ames seduzindo uma mãe solteira, uma outra doidinha na base da maconha e tentando voltar pra ex-namorada. Admito que tudo isso quebrou meu tesão pela série. Há bons momentos, algumas tiradas geniais, mas peca no ritmo, apesar dos palavrões serem divertidos! Hehehe! Não volto para a segunda temporada. Não me atraiu muito. Passo!
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