
Uma das coisas que sempre gostei foi da criatividade dos criadores de cinema quando o quesito é explorar o desconhecido. Nas décadas de 40,50,60 do século passado tivemos uma porrada de criaturas bem sacadas visualmente, mesmo que saídas de contos de horror
trash e sem muita profundidade como
O Monstro da Lagoa Negra,
Tarântula,
Godzilla,
King Kong, horda de zumbis de
George Romero, criaturas de
Ray Harryhausen (
Fúria de Titãs, Jason and the Argonauts, The 7th Voyage of Sibad), entre muitos outros. Mas isso é um mero detalhe, pois era divertido pra cacete. Num entanto do final dos anos 70 e passando por todo os anos 80, o cinema ganhou alguns belo ícones que estão vivos e presente até hoje, inclusive ganhando releituras, pois não precisa ser muito esperto pra saber que ainda há muito interesse nesse tipo de produção e uma atualização poderá significar uma nova onda de filmes em série. Olhando bem o cinema de hoje, esses ícones instantâneos não se formam mais. Como tudo hoje pode ser criado em CGI (Computação gráfica), aquele apelo visual grosseiro que dava um charme aos monstros de décadas passadas tem se perdido. Que bicho feio criado nessa era de CGI te vem a mente assim de cara? Vazio na cabeça? Pois é... acontece. Agora tente lembrar de alguma criatura de décadas passadas. Logo te vem a cabeça uma pancada deles.

Pra mim um dos maiores nomes de criaturas fantásticas vem do espaço, com o visualmente aterrorizante
Alien do filme de 1979 com o visual criado por
H.R. Giger. Era algo diferente, inovador e que logo ganhou o imaginário dos fãs de ficção científica. O bicho baba ácido, te caça em qualquer ambiente e tem uma sede mortal por carne humana. Ah, fora que ainda pode te usar como adubo pra filhote de aliem. Foda até o talo, cara. Eu tremia de medo disso. No espaço, sozinho numa nave e com isso abordo? Pra cima de mim não, neném. Outra boa criatura que vem na cabeça em sequencia é o visual de caçador do
Predador (1987) com A
rnold Schwarzenegger. No primeiro filme ele aparece pouco, atua no meio duma floresta dizimando soldados como forma de “ritual de passagem”. Camuflando, caçando, arrancando a pele de suas presas e ficando com o crânio como troféu. Filha da puta duca!! Pena que o filme desses dois ícones juntos seja uma bomba dos infernos. Melhor pros quadrinhos que conseguiram uma abordagem mais bacanuda.

Acho que outra criatura que me meteu um puta medo (e nojo) foi sem dúvidas
A Mosca (1986), onde um cientista (
Jeff Goldblum) acaba se transformando numa maldita mosca asquerosa gigante aos poucos. Lembro que eu tinha ânsia de vômito quando o via regurgitando sua comida pra comer de novo. Mas que era um puta visual pra época, e ainda pra hoje, isso era. Saindo do campo da ficção e entrando pra um lado mais “místico” temos o
Senhor do Escuro, do filme A Lenda (1985), com um
Tom Cruise magricela e sem rugas. Cara, aquele criatura era a visão do próprio capeta. Com uma maquiagem perfeita,
Tim Curry encarna um monstrengo grande e malvado até as bolas. Mesmo sendo um filme de fantasia “leve”, eu tive sonhos ruins com esse visual das trevas.

E o que falar dos
Gremlins de 1984? Não o
Gizmo, o
Mogwai fofinho, mas seus irmãos diabólicos. Assisti isso ainda na década de 80 bem num período de Natal, que é na verdade o mesmo período da história do filme. Não é um mero filme sobre criaturas endiabradas. Elas matavam pessoas sem remorso algum, meu velho. Com um visual meio louco e nojento, os Gremlins me fizeram sim com que eu olhasse debaixo da porra da cama antes de dormir. Sempre fui meio retardado pra essas coisas quando eu era pirralho. Porra, eu acreditei no Papai Noel até bem perto dos quase 10 anos de idade. Hoje a criança com três anos de idade já tá pedindo aos pais (e não ao Noel) seu primeiro Notebook. Ou PS3. Que seja! Ainda há outras várias criaturas bacanas do cinema das décadas de 70 e 80, e até umas do começo dos anos 90, mas acredito que essa que citei devem ter feito mais a cabeça do povo e ficado até hoje como uma das melhores referencias para do cinema de todos os tempos. Ou pelo menos do cinema moderno!
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