Com certeza uma das HQs mais sem sintonia com a nova DC Comics. Aqui parece uma HQ típica dos anos de 1990 sem muita coisa a ser dita. Cheio de bravatas, frases de efeito, e um Arqueiro Verde aparentemente melancólico. O roteiro de J.T. Krul é muito mastigado, como se ele quisesse contar uma história mediana propositalmente, mas para a infelicidade do autor, ela fica muito abaixo da mediana. Quem conhece o Arqueiro Verde da época de Dennis O'Neil e Neal Adams, ou até mesmo a boa fase escrita por Kevin Smith e Brad Meltzer, vai ver nesse Arqueiro Verde apenas um cara com um flechas nas costas falando pelos cotovelos tentando dar lição de moral num grupo de bandidos. E só. Uma das HQs mais abaixo da média que li até aqui. O desenho de Dan Jurgens está apenas servindo de “visualização” ao leitor, cumprindo com o deve dele, mas claramente salvo pela arte-final do sempre competente George Pérez. Se esse ritmo continuar nesse tom, uma séria revista a ser cancelado cedo ou tarde.
Na trama temos as Industrias Queen, detentora de uma enorme fatia do mercado mundial no campo de tecnologia ao lado da Wayne Tech e da Lex Corp. Oliver está na França (!) evitando que um iate cheio de ricaços seja assaltados pelos vilões enquanto conversa com o CEO da empresa dele o que gera depois uma antipatia de Queen com seu ambiente físico de trabalho em suas empresas. O foco, no entanto cai mesmo em cima da atuação do Arqueiro Verde numa luta sem muita graça e arrastada dentro da embarcação com o personagem falando sem parar tentado convencer os ladrões que estão errados em levar essa vida, enquanto mete flechas nas mãos de um deles. No melhor estilo vamos apresentar esse personagem de forma incisiva, a HQ continua apenas com esse ato em destaque e mostrando que Queen agora tem dois “ajudantes” no melhor estilo Batman, mas apenas em monitores e pesquisas. Uma HQ fraca que não me motivou a querer ler a próxima edição, pois o que tem aqui é uma HQ tão previsível quanto aquelas HQs que tinham aos montes na década de 90 do século passado: feijão com arroz.
Primeira impressão quando olhei: Fraca.
Impressão depois de lida: Muito Fraca.
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