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Resenhas de DC Comics: The New 52 (resenha quadrinhos)


Fazer resenhas rápidas sobre essas HQs que li, pois fazer uma por uma é sacal às vezes. Vou começar pela leva Monstro do Pântano#01, Lanterna Verde #01, Rapina e Columba#01 e Batwing #01.

Monstro do Pântano:
Scott Snyder e Yanick Paquette entregam a terceira melhor HQ que li dentro de toda essa reformuação. Aqui temos uma HQ sóbria, que obedece a nova linha e ao mesmo tempo consegue deixar o Monstro do Pântano dentro de seu próprio universo. Somos apresentado a um personagem mais “universal”, que dita ser uma referencia clara as HQs de Alan Moore, e ainda assim, algo novo. O roteirista Scott Snyder não cai em chavões bestas, fodismos ou bravatas e sim instiga o leitor a querer saber mais, num tom simples e ao mesmo tempo tenso. Para mostrar que o personagem está dentro do Universo DC, o Superman tem uma conversa esclarecedora com o alter ego do Monstro do Pântano, o Dr. Alec Holland, separado da criatura- mas que parece ter feito parte dela em algum momento de sua vida. Paralelo a isso, um mistério acomete o ambiente em duas frontes: vários animais morrem sem explicações pelo mundo e uma força sobrenatural varre vidas num local afastado. Com certeza essa HQ ainda terá muito o que mostrar. Destaque para a ótima arte de Paquette.

Primeira impressão quando olhei: Boa.
Impressão depois de lida: Muito Boa.

Batwing:
Quando soube que Judd Winick escreveria isso fiquei logo com os dois pés atrás. Ele é muito metido a “fodinha”, a querer ser escritor na linha de caras como Grant Morrison e Mark Millar, mas é só um porralouca. Ele tem lá seus momentos, mas erra mais do que acerta. Por incrível que pareça, a HQ do Batwing é melhor do que eu esperava, trás alguma coisa que se aproveita, mesmo que a linha narrativa dela seja tão previsível, o final dessa primeira edição se mostrou instigante. Na trama Batman convoca um jovem local na África para ser seu “Batman” africano em “Tinasha”. A trama joga o morcego africano contra rebeldes e terroristas muito bem armados e joga nas mãos do jovem um mistério a ser desvendado. Infelizmente a arte de Ben Oliver num ajuda muito, e por mais que tenha alguma boa coisa aqui e ali, o colorido parece que foi feito a esmo, e o traço ficou muito fraco, sem cenários aparentes e numa diagramação muito aberta. Eu acompanharia pela trama, não pelo traço.

Primeira impressão quando olhei: Fraca.
Impressão depois de lida: Melhor do que o esperado.

Rapina e Columba:
Acredite ou não, mas está pau a pau com Batgirl em termos de porcaria. O roteirista Sterling Gates é o típico roteirista padrão que cumpre o que tem que cumprir do jeito que os editores controlam. Com um roteiro burocrático e cheio de bravatas dignas da Era Image Comics de 1992, a arte porca de Rob Liefeld corrobora para que a HQ tem aquela cara de dispensável na hora. Nem estou pegando no pé do pseudo-desenhista ou do fraco Sterling, mas é que a DC deveria ter tido mais cuidado ao escolher certas equipes criativas, pois a reformulação depende de um toldo e usar esses tipos previsíveis acaba queimando a jogada da editora. Uma edição sem alma e sem fundamento.

Primeira impressão quando olhei: Fraca.
Impressão depois de lida: Ruim.

Lanterna Verde:
HQ escrita por Geoff Johns e ilustrada pelo ótimo Doug Mahnke se mostra apenas uma HQ comum, sem brilho ou genialidade. Ela começa da onde os arcos anteriores da revista pararam, não oblitera seu universo e nem é um reboot escancarado, pois aproveita toda suas recentes sagas. É apenas um recomeço mesmo e dá pra qualquer um acompanhar, ainda que tenha muita bagagem. Johns entrega uma HQ muito semelhante a Liga da Justiça #01, sem muito o que contar, apenas se valendo de dois pontos de vistas rápidos e diálogos em certo momento piegas. Johns depois que assumiu seu cargo de executivo na DC Comics tem estado tapando buracos com seus textos cada mais “enxutos” onde as tramas são meio arrastadas e até (pasmem!) amadoras. Vale pelo traço de Mahnke e HQ vale para ler quando se estive dando uma cagada rápida ou na fila de um caixa de banco. E só.

Primeira impressão quando olhei: Boa.
Impressão depois de lida: Mediano.

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