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Resenhas de DC Comics: The New 52 (resenha quadrinhos)

Mais algumas resenhas a quem interessar possa. Dessa vez temos a fraca Legião Perdida e Asa Noturnas, e as boas Mulher-Maravilha e Tropa dos Lanternas Verdes. A sensação que fica é que o planejamento em torno do The New 52 fora meio afobado, pois muitas HQs são repetecos de outros no quesito “quanto mais foda, melhor”. Segue:

Legião Perdida #01
Revista escrita por Fabian Nicieza e arte de Pete Woods. Mais uma edição que não vale nada em nada. Um roteiro afobado e sem pé nem cabeça, tentando emular um clima entre ficção cientifica do tipo Exterminador do Futuro e X-Men. Já viu que essa mistura não é lá muito boa. Isso tudo é “confusão temporal” pura. Na trama um grupo de Legionários volta ao passado (nosso presente) para catar um “vilão” que escapou para nosso tempo. Com isso eles já chegam desorientados, sem saber algumas coisas e sem deixar o leitor se inteirar direito do que está havendo. É uma HQ afobada, que quer ser algo “extraordinário”, mas não passa de mais uma na lista de “logo, logo será cancelada” se continuar nesse ritmo chulo. Nicieza é um escritor muito limitado, nunca se deu bem na DC Comics e fazia um trabalho meio porco na Marvel. Nem é porque o cara é argentino, é porque ele é ruim mesmo. A arte de Pete Woods que desenhou muito Superman está muito abaixo do nível do traço dele normal. Uma revista sem precisão de existir.

Primeira impressão quando olhei: Muito fraca.
Impressão depois de lida: Muito Fraca.

Mulher-Maravilha #01
Dessa vez parece que Brian Azzarello acertou. Pelo menos até aqui! Se sua passagem pelo Superman ao lado de Jim Lee foi uma porcaria, em Mulher-Maravilha promete mais. Muito mais! O cara consegue dar um climão denso a HQ, que deixa o leitor ligado do começo ao fim se perguntando onde ele foi parar e no meio de que guerra entre deuses ele está. O suspense é do começo ao fim, com algumas cenas muito fortes no decorrer das páginas. O traço de Cliff Chiang só aumenta a expectativa por essa série, já que seu traço limpo casa perfeitamente com o tipo de trama que Azzarello está contando. Posso juntar Mulher-Maravilha aos títulos que eu levaria pra casa junto a Action Comics, Monstro do Pântano, Homem-Animal e Batman & Robin. Promete!

Primeira impressão quando olhei: Boa.
Impressão depois de lida: Melhor que o esperado.

Asa Noturna #01
Infelizmente uma revista comum. Digo infelizmente porque o artista brasileiro Eddy Barrows faz um trabalho digno de um HQ muito melhor do que essa tanto que vou começar a falar da arte e não do roteiro. Barrows evoluiu muito seu traço. Lembro da arte dele ainda na comunidade de artistas dos fotologs Terra do qual faço parte há alguns anos e ele simplesmente deu um salto quântico nos seus trabalhos. Com uma arte bonita de ver, muito dinâmica e de ótima diagramação, Barrows se perde seu talento numa HQ morno, sem alma, completamente padrão com muito “off” e lembranças anexas à vida de Dick Grayson. Não é um enredo completamente ruim, mas o roteirista Kyle Higgins insisti muito numa direção só. Pode melhorar e que isso aconteça, pois Barrows merece.

Primeira impressão quando olhei: fraca.
Impressão depois de lida: Fraca.

Tropa dos Lanternas Verdes #01
Que puta HQ essa, cara. Anote o nome da fera: Peter J. Tomasi! Esse cara tem sido a surpresa desse novo reboot junto a uns poucos. Tomasi consegue erguer uma trama sólida, não se atropela, não tenta ser o “Grant Morrison” da vez e trás em Tropa dos Lanternas Verdes a melhor HQ das que eu li até aqui desse Universo dos Lanternas e a única que fez ter vontade imediata de ler a seguinte logo desse filão “verde”. A revista nem chega a ser bem um “reboot”, por que mostra Guy Gardner e John Stewart na Terra tentando levar suas vidas como pessoas comuns, mesmo sendo heróis intergalácticos, o que infelizmente para eles isso soa meio ruim no currículo, afinal, a qualquer momento você pode ser atacado por um vilão ou ser chamado para defender o universo. Paralelo a isso há alguém massacrando povos e matando Lanternas Verdes pelo espaço. Uma boa trama. Outro destaque é o artista Fernando Passarin. O cara manda muito e tem toda pinta de que vai despontar dentro da DC Comics. Ele já vinha fazendo alguns trabalhos soltos há anos, mas agora merece um destaque justo. Vamos ver o que aguarda.

Primeira impressão quando olhei: Boa.
Impressão depois de lida: Muito boa.

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