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Liga da Justiça #01- (resenha quadrinhos)

Não aguentei e acabei lendo a HQ da Liga da Justiça pego na Internet mesmo. Primeira coisa que você deve saber: a história tem a profundidade de um pires e pode ser comparada ao ritmo de ação de um anime japonês. Muita ação, pouco texto, frases de efeito, pouca informação e uma arte de Jim Lee muito irregular- ora tá boa, ora tá ruim. Sim, ele não é o “maioral”. Geoff Johns escreve uma HQ boa para uma cagada. Digo, enquanto você dá um barrão, dá tempo de ler tranquilo a edição, pois tem pouca coisa para ser lida. E por mais que tenha boas ideias, boas intenções e boas sacadas, Liga da Justiça #01 é uma revista abaixo das expectativas. É uma leitura bem mediana, com um pouco de “alopração Michael Bayniana”- heh. Isso mesmo. É um blockbuster de verão descerebrado. Acho que isso define bem. Supondo que siga esse ritmo nas próximas edições, espere muitas críticas mornas e medianas e principalmente, desistências da revista. Faltou “encorpamento”. A revista tem apenas dois atos longos, com muitas “grandes imagens” e textos cheios de bravatas, que faz questão de dizer que tudo é novo e que tudo está no começo. Isso é evidenciado ao extremo até.
Como ponto positivo vale o reinicio como universo heróico, onde todos ainda não se conhecem, onde tudo está de fato começando e o mundo obviamente não está preparado para aquele “boom” de seres espetaculares se espalhando pelo mundo. Seria uma visão real de se repente surgisse na nossa realidade seres como esses. Com certeza mexeria com os nervos de muita gente. Aqui Batman está perseguindo uma criatura de Darkseid pelas ruas de Gotham City. No meio da perseguição a policia tenta capturar os dois. Na confusão, o Lanterna Verde da Terra tenta assumir impetuosamente a caçada, mas Batman não concorda muito, e acaba se unindo ao Lanterna em busca de respostas, o que os leva a Metrópoles e um Superman muito mais jovem e aparentemente esnobe sendo do tipo que “bate primeiro e pergunta depois”. Seriam esses os novos tempos?
A sensação que tive ao ler essa revista foi que Johns tentou ser o descoladão da hora, mas o que conseguiu foi uma edição rasa, sem muito alicerce. Não é uma edição ruim, veja bem, mas está bem aquém do que foi esperado para esse reboot a tanto anunciado e alardeado como a “salvação do quadrinho americano”. Não sei como serão as próximas edições, como será o resto dos títulos, mas não foi um bom começo. Só uma coisa deu certo aqui: as vendas. Mais de 200 mil exemplares vendidos, coisa que não acontecia há muitos anos tanto e que irá refletir numa reedição para as lojas. Os leitores ancoraram nas portas das comics shops para conseguir seus exemplares. Vamos ver se vai suprir as expectativas de todos.

Primeira impressão quando olhei: Fraca.
Impressão depois de lida: Pode melhorar.

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