
Até aqui a HQ mais fraca que li e uma das primeiras a esgotar nos Estados Unidos. Quando eu “passei a vista” na HQ por completo sem ler antes, eu já não tinha gostado. Quando o roteirista usa muito recordatório par contar uma história, algo sempre me diz que os terei um texto bacana, ou um texto medíocre, dificilmente você tem um texto mediano. O caso de Batgirl se encaixa no “medíocre” mesmo. Primeiro que aparentemente é uma HQ completamente desnecessária, não parece fazer muita diferença para lado nenhum. A roteirista Gail Simone consegue criar uma HQ cuja trama está traçada desde o primeiro quadrinho e acreditem, ela tenta dar a Batgirl o mesmo clima que Grant Morrison deu a Batman & Robin quando o roteirista o escrevia, usando de artifícios de recordatório como ponte de ligação entre o leitor e o ambiente, e criando um vilão misterioso para causar mistério no ar, mas com um agravante: a Batgirl é medrosa. Simone não é Morrison e constrói uma HQ na verdade bem típica, sem muito brilho, com pouca objetividade, e infelizmente, correndo o risco de ser machista, mas bem “mulherzinha”, exatamente como ela fazia com Aves de Rapina e suas tiradas feministas sem pé nem cabeça e não, num é porque sou homem que não entendia ou sacava o que ela queria passar, é porque de fato eram tiradas sem necessidade.
Nesse recomeço da Batgirl ficamos sabemos que mesmo com esse “Reboot” da DC Comics, algumas coisas ficaram e sim, o Coringa atirou em Bárbara Gordon e a deixou paraplégica por três anos igual ao clássico de Alan Moore, só que nessa nova realidade ela consegue recuperar os movimentos das pernas (ainda sem muita explicações) e volta a ser a Batgirl. Um assassino chamado de Espelho anda com uma lista matando certas pessoas e o nome de Bárbara Gordon está no caminho do cara. Paralelo a isso, temos uma Batgirl tentando voltar ao ritmo e de cara ela soa para impedir que um grupo de malucos assassinem uma família evidenciando que ela não está tão em forma como esperava. Bárbara sai da casa do pai (Comissário Gordon) para viver dividindo o aluguel com outra moça e aqui entra os “papinhos de mulherzinha” que me referi, sem muita coerência para a história e mostra duas desconhecidas virando “super amiguxas do coração”. Sinistro! Novamente ela entra em cena após tiros em hospital onde um dos malucos assassinos que ajudou a deter ferindo-o parece estar na mira do Espelho, e numa situação de desespero, a Batgirl deixa que o “vilão” mate o cara jogando ele pela janela porque ela congelou quando viu uma arma apontada para seu quadril.
Com certeza até onde pude ler uma HQ que eu não compraria em bancas. Não sei se irá melhorar, mas não mostrou nada além do padrão. E padrão também é o traço do mediano Ardrian Syaf, que hora parece bom, e ora parece equivocada, como se quisesse ser obscura, e ao mesmo tempo limpa. Um contraste ruim de acompanhar. No mais, Batgirl é uma HQ que nem conseguiu chegar com muito gás no reboot do universo DC.
Primeira impressão quando olhei: Fraca.
Impressão depois de lida: Fraca.
Comentários