
Se eu pudesse dar uma nota a série animada Vingadores, eu daria a nota máxima. Sem dúvidas uma das melhores series animadas baseadas em quadrinhos que já tive o prazer de assistir. A produção pra começar é muito bem feita e em tudo: animação, visual, roteiro, adaptação, atmosfera, enfim, um deleite para quem curte quadrinhos e quer ver seus personagens o mais fiel possível da origem. Posso dizer que Vingadores chegou muito perto disso. Quando se fala de animação seriada baseada em super-heróis logo se vem a mente Liga da Justiça e Batman que praticamente monopolizaram o mercado de animação desse tipo desde 1992 e fizeram enorme sucesso por serem mais adultas até onde poderiam ser. A Marvel ficava com pequenos “peidecos” e seu maior sucesso foi o mediano X-Men: A Série Animada de 1992! Fora pouca coisa na Marvel foi feita que valesse alguma atenção, tudo muito abaixo da média tendo seu melhor projeto em Quarteto Fantástico de 2006 animado por um estúdio francês e a última série animada do Homem-Aranha. De lá para cá a DC vinha dominando esse mercado que a Marvel não acertava muito bem. Mas tudo isso mudou com a chegada de Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra, uma série animada de encher os olhos, de você querer sempre assistir mais e mais. Sim, pra mim essa série foi nesse calibre.

A série foi criada por um cara que vem fazendo a diferença dentro das animações Marvel, Christopher Yost. O cara está sempre presente dentro das melhores coisas animadas que a Marvel fez até aqui chegando em se ápice nessa série dos Vingadores. Tudo começou do jeito certo, sem atropelos, sem ficar se preocupando com personagem X ou Y apareça logo. Os primeiros episódios mostram a primeira equipe surgida nos quadrinhos, ainda sem o Capitão América para depois mostrar aos poucos personagem por personagem como eles foram se unindo para que surgisse os Vingadores. Aí a trama se mostra o mais “Marvel” possível, com enredos obscuros, personagens preocupados com seus carmas e com seus atos. Os vilões são vilões. Não querem apenas dominar o mundo. Querem manipular, machucar, matar. Há mortes aqui do tipo quebrar o pescoço de um cara ou fritar outro. Não há sangue, mas as cenas são até fortes e incomuns para uma série animada infanto-juvenil. Os personagens estão muito bem caracterizados e são muito parecidos com suas contra-partes em papel, tudo isso pode apostar que tem o dedo de Yost no meio.

Na trama vários vilões acabam soltos de várias prisões de segurança máxima pelos Estados Unidos como A Gruta, O Cubo, A Balsa e a Grande Casa causando um caos pelo país e colocando os heróis em polvorosa. Assim os heróis que antes trabalham por conta própria, como é o caso do Homem de Ferro, começam a agir juntos para deter tais ameaças. Vários vilões conhecidos dos leitores dão as caras de forma incisiva para a história, e se não são importantes num primeiro momento, serão mais tarde. Algumas sagas também se fazem presente aqui de forma mais mastiga, mas muito bem sacadas como a saga do Ultron. Ficou da hora! Os personagens ganham seus destaques na hora certa, ninguém ganha mais destaque que o outro e todos trabalham em prol da equipe. Todos têm a sua vez aqui e o gancho deixado para a segunda temporada foi genial. Uma série foda que merece ser vista e revista. Em tempo: os Vingadores ganharam uma série animada sem futuro em 1999 muito ruim, no mesmo esquema de animação daquelas dos X-Men. Só num era pior que aquela série tosca do Homem de Ferro (não a feita em computação gráfica, uma mais antiga dá década de 1990). Aquela sim era ruim em tudo.
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